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Acqua dará assistência em Ribeirão
Dênis Cavalcante
Especial para o Diário
18/06/2005 | 08:12
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A Prefeitura de Ribeirão Pires assinou contrato com o Instituto Acqua, que passará a ser responsável pelo atendimento nas casas terapêuticas e de assistência a dependentes químicos do município. O acordo com o Acqua custará cerca de R$ 55 mil para a administração municipal, mas o valor pode variar, já que a instituição tem liberdade para disponibilizar mais funcionários. Por enquanto, a instituição deve manter 53 profissionais, incluindo psicólogos, psiquiatras e enfermeiros. Pensando no repasse de verbas do Ministério da Saúde, a administração da cidade também fez reformas nas residências, para enquadrá-las em uma portaria do Ministério. O secretário de Saúde da cidade, Jorge Mitidiero, espera receber da União R$ 1 milhão por ano do governo federal.

Antes do convênio com o Acqua, o serviço de tratamento psico-social da cidade era feito pelo Pérola da Serra. "Só que o acordo venceu e, para que pudéssemos renová-lo, era preciso alguns documentos, como certidão negativa de dívida com o INSS. O Pérola tem R$ 60 mil de dívida", explica Mitidiero. De acordo com o secretário, a Prefeitura continuará gerenciando o tratamento, mas o Acqua disponibilizará os profissionais que trabalharão nos locais.

Ribeirão Pires tem oito casas terapêuticas, com 11 pacientes internados cada. Existe, também, a residência para dependentes químicos, que atende 90 pessoas. Para Mitidiero, o principal problema do sistema é que as casas terapêuticas internam de pacientes de outros localidades. "Temos 88 pacientes nas residências terapêuticas, mas a maioria é de outras cidades. Nós até tentamos repatriá-las, mas não é fácil. Ou não conseguimos os endereços residenciais ou família não aceitam o parente de volta", afirma o secretário.

Cada unidade terapêutica custa R$ 10 mil por mês para a administração. Não existe valor exato de gastos do centro de tratamento de dependentes, já que os custos de profissionais e itens podem variar. Segundo o secretário de Saúde, existe a intenção de habilitá-las no Ministério da Saúde, para receber verbas e custear os gastos. "Para atender 88 pacientes gastamos mais de R$ 1 milhão por ano. Esse dinheiro não deveria ser nosso, se tivéssemos a habilitação do Ministério da Saúde. Para comparar, gastamos por ano R$ 1,5 milhão com toda medicação da cidade", diz Mitidiero.

Acqua - Até fevereiro, o Instituto Acqua era responsável pelo PSF (Programa Saúde Família) de Rio Grande da Serra. O contrato foi cancelado pelo prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), que argumentou que o instituto não fornecia as seis equipes de atendimento que deveria disponibilizar para o programa. Na ocasião, Kiko falou que "boa parte dos funcionários que eles (Acqua) diziam que tinham não existia." Raquel Navarro, diretora de Comunicação do Acqua, rebateu as críticas do prefeito, afirmando que 54 funcionários atuavam no município.




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