O mistério acerca do destino político de Gilberto Costa (PTB) foi parcialmente resolvido ontem, com a decisão de seguir na administração de São Caetano. O anúncio eliminou qualquer possibilidade de o petebista concorrer a outro mandato na Câmara - ele está licenciado do cargo por comandar a Pasta de Esportes e Turismo.

Gilberto deveria ser exonerado até amanhã caso optasse por buscar vaga na Câmara - o que já afirmou desconsiderar -, conforme legislação eleitoral.

Agora, restam duas opções ao secretário; a vice da pré-candidata Regina Maura Zetone (PTB), indicada do Paço, ou continuar no primeiro escalão do prefeito José Auricchio Júnior (PTB) até dezembro e, caso ela vença a eleição, continuar no mandato de Regina. Compor dobrada com a petebista é cenário difícil, já que há disputa por outros nomes com grande chances de PR, PP e PSDB.

Apesar dos riscos de ficar sem cadeira na Câmara, vice ou Pasta, Gilberto garantiu estar tranquilo. "Fui ao PTB para ser candidato majoritário ou para compor chapa. Estou à disposição. Se ela achar que sou o ideal, ficarei satisfeito. Se não for ou deixar o governo, também vou entender. A decisão será dela."

Por outro lado, Regina o cotou em alta. Durante cerimônia que empossou o engenheiro Marcelo Ferreira de Souza e a professora Maria Cecília Guelere nas Pastas de Serviços Urbanos e Educação, respectivamente - substituíram Geová Faria e Magali Pinto, que vão concorrer a cadeira legislativa - disse que Gilberto Costa é "quadro de alta envergadura política na cidade".

Porém, Regina se esquivou em avaliá-lo como preferido à vice, porque a prerrogativa caberá ao conjunto partidário. Ela indicou que há possibilidade de mantê-lo encabeçando uma secretaria, sem ser necessariamente a Pasta de Esportes e Turismo.

TCE nega recurso e mantém decisão sobre contrato irregular

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) rejeitou recurso do Paço são-caetanense sobre contrato considerado irregular entre a administração e a Smarapd Informática. A licitação, que envolveu montante de R$ 2,8 milhões, teve apontamentos de falta de competitividade pelo órgão. No recurso, a Prefeitura informara que o processo de informatização na máquina pública era de "alta complexidade".

Justificou ainda ter usado critérios técnicos e de preço no certame a fim de garantir a qualidade dos serviços prestados. Mas o TCE não gostou da resposta, alegando ser "imprecisa", e que o edital foi "potencialmente restritivo". O Paço disse que apenas duas empresas apresentaram proposta, ante 15 que retiraram edital.

O TCE disse que o "interesse público" exigiria novo certame. A Smarapd ainda presta serviços ao município, que tem obrigação apenas de abrir sindicância para apurar eventuais responsáveis pelas falhas no processo. Não foram aplicadas multas ao Paço, que informou que tomará as medidas necessárias e cabíveis para atender às exigências.