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Assassino de Carlos Prats pede ajuda ao governo chileno
Do Diário do Grande ABC
05/02/1999 | 12:22
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O ex-agente chileno da polícia secreta militar Enrique Arancibia Clavel, detido na Argentina como culpado pelo assassinato do exilado ex-chefe do Exército general Carlos Prats, pediu ajuda ao governo chileno alegando ser inocente.

"Chegou a hora de o governo chileno assumir sua responsabilidade na defesa de um cidadao que sofre no exterior a arbitrariedade e a ineficácia de um processo totalmente irregular", disse Arancibia Clavel em declaraçao que enviou da prisao em Buenos Aires ao jornal La Tercera.

Arancibia foi preso em janeiro de 1996 na capital argentina, onde foi morar pouco depois do golpe militar de 1973, acusado de ser autor, entre outros, do assassinato em 30 de setembro de 1974, no bairro de Palermo, em Buenos Aires, do general da reserva Carlos Prats e de sua mulher Sofía Cuthbert. O casal, exilado depois do golpe militar liderado por Augusto Pinochet, seu sucessor no comando do Exército, morreu na explosao de uma bomba posta sob seu carro.

Diversos chefes militares chilenos, entre eles o ex-diretor da polícia secreta Manuel Contreras, foram considerados responsáveis pelo assassinato, mas apenas Arancibia foi indiciado e detido.

Arancibia era agente da polícia secreta dirigida por Contreras, atualmente cumprindo pena pelo assassinato do ex-chanceler Orlando Letelier em Washington, num atentado semelhante ao que matou Prats.




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