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Lula ataca FHC em entrevista ao 'Fantástico'
Do Diário OnLine
17/08/2003 | 23:00
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas a Fernando Henrique Cardoso em entrevista concedida ao 'Fantástico', da Rede Globo, exibida neste domingo. "Se meu antecessor tivesse deixado o cargo depois de quatro anos de mandato, teria saído como um Deus", disse em referência a FHC e condenando a reeleição, inclusive para ele.

Outro ponto tocado por Lula foi sobre o andamento das reformas no governo do ex-presidente. Ele revelou que não aceita ser acusado de ter impedido a gestão do tucano de aprovar as reformas. "Como é que um partido que tem 100 cadeiras no Congresso conseguiu reunir mais 300 para aprovar a reforma e um que tinha 400 não conseguiu se livrar de 100 e fazer a votação?", indagou o presidente. "Não fizeram porque não tiveram vontade", atacou.

Ele também disse não ter até o momento nenhuma frustração como presidente da República e que sua maior alegria, até agora, foi o dia da posse e a montagem do seu ministério. "Chamei para o governo quem eu quis", declarou.

Ainda sobre os ministros, Lula falou que faz questão de manter um clima de amizade entre eles, justificando as partidas de futebol que organiza no Alvorada e também na Granja do Torto. "Nossa relação é de companheirismo. Todos precisam saber que estão no mesmo barco".

Durante a entrevista, Lula mostrou ainda um pouco de sua rotina no Palácio da Alvorada, fazendo exercícios físicos ao lado da primeira-dama, Dona Marisa. Aliás, a mulher do presidente mostrou orgulhosa a sua horta que cultiva na residência oficial e contou características pessoais do marido, como quando disse que "Lula não é pão-duro".

MST - Em relação às críticas que vem sofrendo com o papel dos movimentos sociais, inclusive em relação aos trabalhadores sem-terra, em seu governo, o presidente reforçou que a lei será cumprida com quem for. "A reforma agrária do MST não é a do governo", frisou Lula ao comentar as recentes declarações do líder João Pedro Stédile. "Vamos estabelecer uma discussão com o MST, mas na marra ninguém faz nada", disse, completando que ele já defendia a reforma no campo "muito antes do MST existir".

Fome Zero - Sobre as críticas ao programa Fome Zero, o presidente foi enfático falando que seria impossível ver resultados no segundo dia após a implantação do projeto como queriam seus adversários. "Se fosse tão fácil assim, todos já teriam acabado com a fome neste país", afirmou.




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