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A G. Aronson havia requerido concordata preventiva a 23 de janeiro do ano passado, quando se comprometeu a pagar suas dívidas integralmente em duas prestaçoes anuais, a primeira equivalente a 405 da dívida. A primeira parcela venceu - e nao foi paga - em janeiro último. A juíza deu à G. Aronson prazo de 48 horas para depositar o dinheiro (cerca de R$ 24 milhoes), o que nao ocorreu.
O Ministério Público há muito tempo vinha insistindo na decretaçao da falência da empresa, argumentando que ela estava insolvente, tendo a situaçao se agravado no curso da concordata com o fechamento de várias lojas.
Ao ser requerida a concordata, o passivo da G. Aronson foi calculado em R$ 65 milhoes, sendo R$ 50 milhoes com fornecedores e o restante com bancos. O empresário Girz Aronson, dono da rede de eletrodomésticos, que durante 52 anos esteve à frente dos negócios, atribuiu as dificuldades da empresa aos "juros escorchantes" do setor financeiro.
Essa foi a mesma alegaçao de outras redes do varejo que também sucumbiram nos últimos anos, como a Casa Centro, Casa Moisés e Pernambucanas do Rio de Janeiro.
Girz Aronson atribuiu também as suas dificuldades à concorrência dos supermercados, que passaram a negociar eletrodomésticos e eletrônicos com preços inferiores ao custo de fábrica, a fim de atrair a freguesia para outros itens de suas lojas.
Em 1991, a G. Aronson pela primeira vez pedira concordata preventiva, quando seus débitos somavam US$ 20 milhoes. Entretanto, seis meses antes de vencer o período de dois anos, ele pagou o que devia e levantou a concordata. No segundo pedido, porém, nao conseguiu repetir a proeza, nao pagando sequer a primeira prestaçao.
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