A Polícia Federal desmontou nesta terça-feira uma quadrilha que fraudava licitações para a construção de plataformas da Petrobras. Treze pessoas foram presas, entre elas três executivos da empresa, identificados como Carlos Alberto Pereira Feitosa, coordenador da comissão de licitação; Carlos Heleno Netto Barbosa, gerente-geral da unidade de serviços; Rômulo Miguel de Morais, gerente de plataformas.

Foram detidos ainda quatro empresários e uma funcionária da Feema (Fundação Estadual de Meio Ambiente), Ana Celeste Alves Bessa, acusada de obter vantagens ao conceder licenciamento ambiental para as empresas envolvidas nas fraudes.

Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro com base em denúncia oferecida pelo MPF (Ministério Público Federal). Foram expedidos 18 mandados de prisão e outros 89 de busca e apreensões.

Os réus vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, falsidade documental e estelionato. Além das 13 prisões, os mandados resultaram na apreensão de carros, farto armamento e R$ 500 mil em espécie.

De acordo com o procurador da República Carlos Alberto Aguiar, autor da denúncia, funcionários da Petrobras são acusados de receber dinheiro para permitir que a empresa Angraporto Offshore vencesse concorrências e conseguisse licenças ambientais.

Além disso, os réus ocultavam parte dos recursos ganhos com os contratos das  licitações por meio de empresas fantasmas. Com isso, foi desenvolvido um esquema para circulação clandestina desses recursos, com emissão de notas fiscais falsas, possibilitando a sonegação de tributos federais.

Segundo informações da TV Globo, a Angraporto venceu pelo menos três licitações para reformar plataformas de exploração de petróleo. Esses contratos chegariam a R$60 milhões.