Possíveis mudanças no secretariado de Santo André, se ocorrerem, devem ser anunciadas somente a partir do dia 25. Quem garante é o prefeito João Avamileno (PT). O chefe do Executivo afirma que antes desta data não existe a possibilidade de trocar peças de seu primeiro escalão, único do Grande ABC a não sofrer alteração no ano passado.
Antes de tomar qualquer decisão, o petista pretende convocar uma reunião com os secretários, o que não é possível neste momento porque alguns deles aproveitaram as festas de final de ano para descansar. Ele espera ter se reunido com todos os integrantes de sua equipe de governo até o dia 20.
A partir dessa conversa, Avamileno convocará uma reunião com a cúpula municipal do PMDB para tentar chegar a um acordo com a legenda. O prefeito afirma que segue avaliando o pedido do partido, que no final do ano passado reivindicou oficialmente uma participação efetiva na administração. Em outras palavras, os peemedebistas solicitam a chefia de alguma secretaria ou mesmo diretoria.
À época, o próprio prefeito disse que não estava disposto a mexer em seu primeiro escalão, o qual rasgou elogios dizendo estar satisfeito com o trabalho realizado. No entanto, ele não descartou totalmente a possibilidade de mudanças.
Chegou-se a especular até mesmo a possibilidade de que o PT estaria disposto a oferecer a Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) aos peemedebistas.
Uma vez costurado os detalhes de como será a participação dos peemedebistas na administração, o prefeito deve fazer o anúncio da possível mudança no secretariado.
Não há garantias, porém, que ocorra alguma mudança no primeiro escalão. Não está descartada a possibilidade de o chefe do Executivo encontrar outra solução, que não seja a chefia de alguma pasta, para o PMDB compor o governo.
Reivindicação - Desde a eleição da nova executiva municipal, o PMDB de Santo André vem tentando fortalecer sua base na cidade. O presidente eleito, vereador Sargento Juliano, quer compensar o tempo perdido, já que o partido ficou sob intervenção por pouco mais de dois anos. Fiel aliado do governo petista na cidade desde os tempos do ex-prefeito Celso Daniel (morto em janeiro de 2002), o PMDB quer agora fazer parte de fato das decisões do Executivo.
Juliano explicou que anteriormente o partido não chegou a fazer nenhuma cobrança exatamente por conta do problema pelo qual passava. Segundo o presidente, era necessário, antes de mais nada, reerguer a legenda em Santo André. “Estava muito fácil para o governo, pois o partido estava rachado, sob intervenção. Reivindicamos apenas o que achamos de direito, já que sempre ajudamos o PT nos projetos enviados para a Câmara”, defendeu o parlamentar.