O encontro presidencial, ato central da XIII Reuniao do Grupo do Rio, conta com a participaçao de Fernando Henrique Cardoso e seus colegas Carlos Menem (Argentina), Julio María Sanguinetti (Uruguai), Luis González Macchi (Paraguai), Hugo Banzer (Bolívia), Jamil Mahuad (Equador), Alvaro Arzú (Guatemala), Hugo Chávez (Venezuela) e o anfitriao Ernesto Zedillo, além do vice-presidente peruano Ricardo Márquez e os chanceleres Miguel Insulza (Chile), Guillermo Fernández de Soto (Colômbia), Jorge Ritter (Panamá) e Clement Rohee (Guyana).

O ministro das Relaçoes Exteriores do Uruguai, Didier Opertti, disse que um dos objetivos do encontro é chegar a uma posiçao comum para a reuniao entre a América Latina e a Uniao Européia prevista para o final de junho, no Rio de Janeiro.

Opertti destacou que o acesso aos mercados europeus ``é um ponto central deste diálogo'.

``Na América Latina, a expectativa é muito forte em relaçao ao acesso a estes mercados. A América Latina quer que suas exportaçoes tenham acesso ao mercado da Uniao Européia. Neste acesso está o sucesso de produtores rurais a industriais, e a definitiva qualidade de vida desta gente', agregou Opertti.

A América Latina e a UE mantém ha décadas disputas sobre o protecionismo, com destaque para a questao dos subsídios aplicados na produçao rural do velho continente.

Opertti também destacou a ``grande preocupaçao do Grupo do Rio pelo afastamento das Naçoes Unidas' na busca de uma soluçao para a crise do Kosovo.

O chanceler uruguaio insistiu em que, na opiniao do bloco, a busca de uma soluçao para a crise nos Balcas ``nunca deveria ter saído do controle da ONU'.

Por outra parte, o chanceler paraguaio Miguel Abdón Saguier pediu a reformulaçao do direito de asilo político na América Latina, o que poderia ser feito por intermédio da Organizaçao dos Estados Americanos (OEA).

Saguier fundamentou seu pedido na recente experiência de seu país, onde o destituído presidente Raúl Cubas e outros dois dirigentes obtiveram asilo político no Brasil, Argentina e Uruguai.

Segundo o chanceler, os beneficiados com o asilo obtém nestes países um status político e ético, fazendo parecer ``que constituímos um governo imoral que os persegue'.

Os presidentes do Grupo do Rio passearam na tarde deste sábado pelos jardins de Los Pinos, a residência oficial do presidente do México, Ernesto Zedillo.

Em um ambiente descontraído, os presidentes caminharam pelo pequeno bosque da residência presidencial, onde está sendo realizado o encontro do GRio, com destaque para a dupla formada por Zedillo e o presidente Fernando Henrique Cardoso.

Neste encontro sem agenda prévia, os líderes do Grupo do Rio pretendem abandonar as longas e retóricas declaraçoes finais em favor de uma ``diplomacia presidencial' de diálogo direto e objetivo.

Paralelamente, as esposas dos presidentes decidiram visitar o Museu Nacional do Vice-Reino, em Tepotzotlán, ao norte da capital, para onde seguirao de helicóptero a partir do Campo Militar de Marte, junto a Los Pinos.

O museu funciona junto ao Colégio Jesuita de San Francisco Javier, monumento colonial do século XVII conhecido como ``Convento de Tepotzotlán'.