“O consumidor deve sair de casa sabendo o que vai comprar. O ideal é que ele faça uma pesquisa de produtos e de seus respectivos preços em anúncios publicitários, e anote as informações sobre todos os itens que pretende adquirir”, afirmou. Levar crianças às compras, segundo a técnica, pode contribuir para aumentar o gasto total da família. “Elas pedem e os pais acabam comprando.”

Além da pesquisa de preços em anúncios publicitários, o consumidor deve ainda comparar os valores cobrados pelo mesmo produto em diferentes estabelecimentos comerciais. De acordo com Renata, ainda existe muita diferença entre os fornecedores. Na hora de fazer o levantamento, o consumidor deve comparar os produtos de acordo com o seu peso, já que não existe um padrão de número de ovos de Páscoa entre os fabricantes.

Deixar para fazer as compras na última hora e aproveitar as promoções dos fornecedores pode não ser tão vantajoso. Segundo a técnica, os consumidores correm o risco de não mais encontrar o produto desejado no mercado e ter de comprar outro de numeração diferente e, em alguns casos, gastar até mais.

O consumidor deve observar ainda o local onde o produto está exposto. O chocolate é vulnerável ao calor e pode estragar facilmente. “Pode haver constrangimento se o ovo presenteado apresentar odor alterado e cor esbranquiçada. Além disso, se o produto derreter e for manipulado, poderá ficar deformado”, afirmou a técnica de alimentos do Procon.

A embalagem também é outro detalhe que deve ser observado. O papel de embrulho deve estar inteiro, sem nenhum tipo de dano. “A embalagem danificada pode mostrar que o ovo está quebrado e até permitir a entrada de insetos no produto”.

Ocorrências – Quem adquirir um ovo de Páscoa com vício de qualidade, ou seja, com irregularidades quanto ao sabor, por exemplo, poderá solicitar ao fornecedor a troca por outro da mesma espécie ou a devolução do valor pago. Se o estabelecimento comercial se recusar a fazer a troca, o consumidor deverá procurar o Procon e registrar uma queixa. No caso de um possível distúrbio alimentar provocado pelo produto, o consumidor poderá pleitear ainda o ressarcimento dos gastos com consulta médica e compra de remédios. Para isso, no entanto, é necessário que o consumidor tenha em mãos todos os documentos que comprovem a compra do produto e os gastos médicos. A orientação de Renata é para que os consumidores solicitem cupom fiscal até mesmo na compra de ovos caseiros. “Só com a apresentação do documento o consumidor poderá pleitear a troca.”