Os parlametares ficaram bastante insatisfeitos com o depoimento porque o homem nao manteve as acusaçoes feitas anteriormente. Ele nao soube precisar, por exemplo, quando se deu o encontro entre Miranda e os traficantes Marcinho VP, Fernandinho Beira-mar e Ecadinha.
O MP considerou as informaçoes inconsistentes. Os parlamentares afirmaram que a evasao de capitais deve ser alvo de investigaçao da polícia e do ministério público e nao da CPI, que aborda o narcotráfico.
Segundo informaçoes da rádio CBN, o ex-funcionário disse que recebia R$ 200 mil por semana de David Miranda e repassava a quantia para pastores que a enviavam para "paraísos fiscais de países do terceiro mundo", sem identificar os locais. O ex-chefe de setor trabalhou na igreja desde a década de 80 e só em 1998 começou a ver remessas de dinheiro.
O pastor Davi Miranda teria destruído documentos em 1998 que comprovam as transaçoes quando a polícia começou a investigar a remessa de dinheiro para o exterior.
Mesmo sem surpresas, o depoimento causou bate-boca entre os deputados estaduais. Um representante da Igreja Universal chegou a chamar o depoente de "Judas" e "dedo-duro". Outro deputado afirmou que o modo de interrogaçao estava inadequado porque o ex-mebro da igreja estava sendo tratado como "um animal".
Nesta terça-feira, uma pessoa ligada à igreja, cuja identidade nao foi revelada, denunciou ao Jornal da Band um esquema de lavagem de dinheiro do narcotráfico no local, além da remessa de dinheiro ao exterior, que teria totalizado R$ 40 milhoes nos últimos cinco anos.
A igreja também foi acusada de ligaçao com os traficantes Marcinho VP, Fernandinho Beira Mar e Escadinha.
Ainda segundo a reportagem, a Deus é Amor cobra R$ 10,00 por pessoa para participar de um culto. A igreja tem 3 mil templos em Sao Paulo e 12 mil em todo o mundo, sendo a segunda maior igreja pentecostal do país em número de adeptos.
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