A Câmara de Ribeirão Pires aprovou ontem gratificação de 30% para os médicos plantonistas da cidade. Para obter o benefício, o profissional precisará fazer quatro plantões de 24h no período de um mês. O salário do médico plantonista é R$ 2.200.

O projeto faz parte da reorganização na Saúde feita pela Prefeitura, após romper o contrato com a OSSPUB, organização que gerenciava o Hospital e Maternidade São Lucas e as residências terapêuticas. Atualmente, o corpo médico nas unidades é da entidade, por força de liminar, que estará vigente até julho.

No mês passado, o secretário de Saúde, Allan Frazatti, havia anunciado pacote de benefícios, entre eles a gratificação. A intenção é atrair profissionais para trabalhar nos equipamentos municipais. O Executivo abriu concurso para contratar médicos.

O líder do governo no Legislativo, Antônio Muraki (PTB), explicou que o projeto é importante porque trata-se de medida rápida para resolver a falta de médicos no município. "Todos os profissionais deverão passar o tempo na unidade de Saúde, chegar e sair no horário correto. Acreditamos que, a curto prazo, poderemos resolver o problema", declarou Muraki.

O vereador José Vicente de Abreu, o Vicentinho (PR), ressaltou que a propositura é importante, mas necessita de acompanhamento por parte dos usuários da Saúde municipal. "A população deverá ser o fiscal, porque estamos pagando pelos serviços prestados", destacou o republicano. 

EDUCAÇÃO

Os professores também foram contemplados com projeto para aumento de salário. As remunerações de 847 docentes da rede municipal de ensino foram equiparadas ao piso nacional. O impacto é de R$ 1,8 milhão anual. Os profissionais ganharão R$ 1.451 mensais. A legislação é retroativa a janeiro. "A lei federal já prevê isso", reiterou o presidente da Câmara, Gerson Constantino (PSD).

O Plano de Cargos e Salários também foi alterado na sessão legislativa de ontem. O texto não dava abertura para que engenheiros civis, arquitetos e guardas municipais fossem contemplados com aumento salarial. Não se sabe qual valor será concedido. Os parlamentares aprovaram ainda a concessão do terreno onde estava a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) para a Câmara. O local abrigará a parte administrativa da Casa.