A vida sedentária e a falta de atividade física regular transformam
A vida sedentária e a falta de atividade física regular transformam aos poucos a região lombar de milhões de indivíduos num autêntico pesadelo diário.
A caminhada é uma boa proposta para prevenir dores lombares, queimando calorias e ajudando a evitar doenças cardíacas ao mesmo tempo em que reduz a propensão a determinadas doenças crônicas. Mas sempre surge a questão: é possível caminhar nas nossas cidades?
Vá a pé para o trabalho
O segredo de transformar a caminhada em um hábito regular é incorporá-la à rotina diária. O percurso que você faz para o trabalho é o ideal para tornar o seu dia ativo, consolidando o hábito de andar. Infelizmente as longas distâncias entre as zonas residenciais e o trabalho acabam impossibilitando os deslocamentos a pé. Algumas vias expressas são verdadeiros ‘paredões' extensos e com pouquíssimas alternativas de travessia, o que coloca em risco a segurança dos pedestres que invariavelmente insistem em atravessar as vias públicas utilizando-se de locais inadequados.
Faixa de pedestres
Ao respeitar a faixa de pedestres, não estamos apenas seguindo uma norma de boas maneiras no trânsito, como também respeitando o que estabelece o Código de Trânsito Brasileiro em seu artigo 70 que diz: "Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem. Igualmente, nos locais em que houver sinalização semafórica, deve-se dar preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos."
Tempos semafóricos
É uma pena que os tempos semafóricos sejam insuficientes para pedestres na Grande São Paulo. É uma questão simples, mas muito importante para a qualidade de vida daqueles que se deslocam a pé na cidade, que representam quase 40% do total dos deslocamentos na Região Metropolitana. Em alguns cruzamentos, o semáforo fica verde durante vários minutos para os carros e apenas 20 segundos para os pedestres. Para uma pessoa cruzar duas vezes, como é o caso de alguns locais, o tempo gasto é desproporcional. Isso mostra claramente a priorização para o automóvel em relação ao pedestre. É preciso mudar.
Experiência internacional
A cidade de Londres adotou em um cruzamento importante uma faixa em ‘X' para pedestres. Em determinado momento fecham-se as duas vias que se cruzam para que os pedestres possam atravessar paralelamente ou em ‘X', na diagonal. Essa seria uma solução técnica possível, porque quando o pedestre tem que fazer o ‘X', atravessar para o lado oposto da esquina onde está, ou seja, fazer os dois cruzamentos, é obrigado a passar para um lado e aguardar novamente o sinal abrir para poder atravessar para o outro lado. Essa dupla travessia se torna então muito demorada para o pedestre. A faixa em ‘X' pode ser uma alternativa e implicaria em uma mudança no comportamento dos carros e também dos pedestres. A sugestão, se adotada, pode alcançar um bom resultado, mas o objetivo maior no momento é fazer com que o pedestre seja lembrado e passe a ser priorizado pelas autoridades de trânsito na região metropolitana de São Paulo.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.