O BM (Banco Mundial) se reúne em Washington neste domingo em momentos em que o aumento dos preços dos alimentos gera intranqüilidade nos países menos desenvolvidos e assinala a urgência de programar auxílio.

Os encarregados da política do BM discutirão um plano internacional para reduzir a fome, anunciado há menos de duas semanas por seu presidente, Robert Zoellick.

Em momentos que a alta dos preços dos alimentos ameaça as políticas de estabilidade nos países menos desenvolvidos, Zoellick pediu um "new deal" para a política alimentícia mundial, similar ao programa dos 30 da presidência de Franklin Roosevelt nos Estados Unidos.

O encontro do BM ocorre em um contexto de ameaça de crise financeira mundial, com a economia americana próxima de uma recessão, altíssimos preços da energia e mudanças no mercado de moedas.

Por sua vez, o FMI (Fundo Monetário Internacional), que se reuniu no sábado, emitiu um alerta sobre a crise dos preços dos alimentos.

Com a inflação aumentando, especialmente nos alimentos, poderão ocorrer conseqüências "terríveis" para o mundo, se tornando necessário adotar medidas para conter a alta dos preços, disse o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn.

"Os preços dos alimentos, se seguirem o caminho que possuem hoje, teremos conseqüências terríveis. Milhares de pessoas passarão fome, o que irá levar a quebra do sistema econômico", disse.

O desenvolvimento obtido nos últimos cinco ou dez anos pode ser "totalmente destruído", afirmou, advertindo que o tema vai muito além da questão humanitária.