O diretor do Departamento de Museus do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), José do Nascimento Júnior, anunciou nesta quinta-feira que os 40 museus administrados pelo Ministério da Cultura terão novo sistema de segurança. O objetivo é evitar ações criminosas, como o roubo de cinco telas do Museu Chácara do Céu, ocorrido na última sexta-feira no Rio de Janeiro.

Depois de se reunir com a Polícia Federal para tomar conhecimento das investigações sobre o roubo e discutir o combate a esse tipo de crime, ele afirmou que "com essa ação, ficou demonstrado que o Brasil entrou num padrão internacional de roubo de obras de arte". E por isso, acrescentou, "nós temos que também mudar o padrão de segurança em todos os museus brasileiros".

Nascimento não adiantou como será o novo esquema de segurança nos museus e nem qual será o investimento do governo federal, mas explicou que a intenção é implantar o sistema o mais brevemente possível. "O processo investigativo deve levar a desbaratar essa rede que atuou no Museu Chácara do Céu. Agora, vamos certamente saber seu padrão de ação, para que possamos nos preparar para isso", afirmou.

O diretor disse também esperar que os mais de dois mil museus brasileiros sigam o exemplo das unidades federais e implantem novos esquemas de segurança.

Quadros e gravuras de Claude Monet, Pablo Picasso, Henri Matisse e Salvador Dali foram levados do Museu Chácara do Céu, na sexta-feira, por quatro homens armados com granadas. A segurança do local era feita por vigilantes de uma firma terceirizada.