Política Titulo Estranho no ninho
Petista, Mário Reali elogia Habitação no governo Doria

Arquiteto de carreira da prefeitura da Capital, ex-prefeito de Diadema e ex-deputado pelo PT se diz tranquilo atuando em ninho tucano

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
14/01/2018 | 08:14
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 Ex-prefeito de Diadema (2009-2012), ex-deputado estadual pelo PT (2003-2008) e secretário de várias gestões petistas, Mário Reali não se sente um estranho no ninho tucano do governo João Doria (PSDB) e até elogia os integrantes da gestão, como o secretário de Habitação, o ex-deputado federal Fernando Chucre (PSDB).

Desde que perdeu a reeleição ao Paço diademense, em 2012, o petista voltou a atuar como arquiteto na prefeitura da Capital, onde é concursado.

Apesar do histórico político no petismo – foi presidente do diretório diademense –, o ex-prefeito nega incômodo com o fato de integrar a principal gestão municipal do tucanato no Estado de São Paulo. “Eu tenho tranquilidade, porque sou arquiteto e urbanista de formação e eu trabalho para viver. Eu estou na minha condição de trabalhador de urbanismo, vendendo minha força de trabalho como todo trabalhador brasileiro”, disse.

Quando deixou o comando do Paço diademense, Reali chegou a ser sondado para gerir a subprefeitura do Jabaquara, na Zona Sul, na gestão do então prefeito paulistano Fernando Haddad (PT, 2013-2016), mas acabou recusando o convite. No governo do correligionário, atuou como assessor para assuntos metropolitanos e, no fim do mandato, foi secretário adjunto de Habitação. Hoje, recém-eleito para o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) da prefeitura da Capital, o ex-prefeito elogia a gestão tucana. “Eu tenho um bom diálogo com o Fernando (Chucre), que é um bom arquiteto e eu respeito o seu papel e seu trabalho. Eu deixei muito claro para ele que meu papel seria técnico. Então, eu não entro no mérito de coordenar politicamente as ações (da Pasta)”, salientou o ex-prefeito.

Reali é um dos raros quadros políticos do Grande ABC que voltaram a atuar na profissão, no setor privado ou público, depois de derrotas na política. Também ex-prefeito de Diadema, José Augusto da Silva Ramos (PSDB) tornou a trabalhar como médico no governo do Estado. Ex-chefe do Executivo de Santo André, Aidan Ravin (PSB) também retornou aos consultórios.

Em 2014, Reali foi candidato a deputado federal, mas não obteve êxito – recebeu 52.112 votos. Como arquiteto em São Paulo, o petista recebe cerca de R$ 17 mil por mês.




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