Sete jornalistas foram assassinados nessa regiao por motivos diretamente relacionados com sua atividade profissional e outros 11 morreram violentamente em circunstâncias ainda nao esclarecidas.

``A América Latina é, mais uma vez, a regiao do mundo onde se assassinou o maior número de jornalistas em 1998', constatou Repórteres Sem Fronteiras em seu Informe 1999 sobre os países ibero-americanos.

RSF denunciou a impunidade em torno destes crimes, cometidos em alguns casos com a cumplicidade do poder. ``Com muita freqüência, os assassinos de jornalistas nao sao detidos na América Latina', o que confirma, segundo esta organizaçao, ``o sentimento que se tem às vezes de cumplicidade entre os assassinos e o poder'.

Pelo oitavo ano consecutivo, a Colômbia encabeça esta lista negra: pelo menos quatro jornalistas foram assassinados por exercer seu trabalho profissional e se suspeita que outros três assassinatos de profissionais da imprensa pode ter também relaçao com sua atividade. Narcotraficantes, guerrilhas, grupos paramilitares ou parapoliciais estao por trás destes crimes, segundo RSF, que denuncia que a situaçao nao mudou com a posse do novo presidente, Andrés Pastrana, em agosto do ano passado.

Depois da Colômbia, está o México, embora neste país ``tenham diminuído sensivelmente os atentados contra a liberdade de imprensa', afirma RSF. Entretanto, a organizaçao adverte que o México ``continua sendo um país perigoso'. No país asteca, dois jornalistas foram assassinados no exercício de sua profissao, um deles quando investigava a corrupçao na polícia, e outros três morreram em circunstâncias ainda nao esclarecidas.

O restante dos profissionais mexicanos sofre ``agressoes e ameaças', segundo este informe, que também denuncia que ``nos Estados de Chiapas e Guerrero, as autoridades controlam com severidade o trabalho da imprensa'.

RSF denuncia ainda violências e intimidaçoes na Guatemala, Peru, Cuba e Argentina.