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TJ-PA vai agilizar açao de sem-terra de Eldorado
Do Diário do Grande ABC
21/04/1999 | 17:17
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O presidente do Tribunal de Justiça do Pará, José Alberto Maia, prometeu, nesta quarta-feira, a líderes e advogados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra do Pará (MST-PA) agilizar o processo contra o governo do Estado envolvendo o massacre de 19 sem-terra em abril de 1996. No processo, o movimento requer indenizaçao mínima de R$ 350 mil para 18 dos 60 feridos a bala e golpes de facao, por soldados da Polícia Militar, no massacre de lavradores em Eldorado dos Carajás, no sul do Estado.

Durante o encontro com uma comissao do MST, Maia anunciou que vai pedir ao juiz responsável pela açao, José Maria Teixeira do Rosário, da 14ª Vara Cível, que dê prioridade ao caso. "Na próxima semana, provavelmente, já teremos algum despacho do juiz", garantiu o presidente do TJ. O advogado do MST, Walmir Brelaz, contou ao desembargador que os 18 trabalhadores que entraram com processo de reparaçao de danos contra o governo paraense "sofreram graves sequelas" por causa dos atos praticados pelos militares".

Alguns sobreviventes, como Ruben Ita Silva, ainda tem balas alojadas pelo corpo e precisam de acompanhamento médico permanente. A bala que atingiu Ruben Ita pegou o pescoço e foi alojar-se próximo ao cérebro. "Eles também correm risco de vida porque tentam trabalhar, mesmo doentes, para sobreviver", resumiu o advogado.

A assessoria do governo do Estado informou que todas as providências foram tomadas para assistência aos feridos, que receberam tratamento médico. O governo também disse que os familiares dos mortos do conflito já recebem há mais de um ano pensao de três salários mínimos.




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