O chanceler alemão, Gerhard Schroeder, e o primeiro-ministro paquistanês, Shaukat Aziz, discutiram seus pontos de discórdia sobre a ampliação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira em Berlim. A hipótese foi proposta pelo grupo do G4 (Brasil, Alemanha, Japão e Índia), que luta pela ampliação do fórum.

"Temos pontos de vista diferentes sobre a questão do ritmo da reforma", que tornaria membros permanentes os países do G4, explicou Schroeder. Aziz, por sua vez, reiterou que seu país deseja uma reforma das Nações Unidas. "Sempre dissemos que a ONU necessitava de uma reforma", mas "deveria ser realizada sob consenso".

O G4 apresentou uma proposta de ampliação do Conselho de Segurança para 25 membros (em vez dos 15 atuais), criando seis novos postos permanentes sem direito a veto e outros quatro não-permanentes. Estes países reivindicam quatro desses postos permanentes e propõem que os dois restantes sejam reservados a estados africanos.

O Paquistão defende uma posição radicalmente distinta. Como integrante do grupo chamado "Unidos pelo consenso",  formado também pelos rivais do G4 (México, Argentina, Itália), o país propõe a ampliação do Conselho para 25 membros, mas sem postos permanentes.