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Paula vê trabalho na base como forma de salvar o basquete

Ex-jogadora sugere que foco da Seleção esteja concentrado nos Jogos Olímpicos de 2024

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
06/11/2017 | 07:17
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Denis Maciel/DGABC


O basquete feminino do Brasil chegou ao fundo do poço em agosto, quando terminou a Copa América na quarta posição e, pela primeira vez em 58 anos, vai ver o Mundial de 2018, na Espanha, pela televisão. A situação envergonhou quem milita pela modalidade, entre elas Magic Paula, que sugere recomeço a longo prazo para que a Seleção possa recuperar o prestígio.

Segundo a ex-jogadora, que recentemente esteve em Diadema para comemorar oito anos do seu projeto social na cidade, o foco tem de ser na Olimpíada de 2024. “Se não parar e se organizar do jeito que tem de ser, pensando daqui a dois ou três ciclos olímpicos, começar formar molecada pensando em 2024, a gente vai continuar patinando. Não vejo saída. Tem de pensar a longo prazo”, avaliou.

Paula fez parte da melhor geração que o Brasil já produziu. Ao lado de Hortência e Janeth, o País foi ouro no Pan-Americano de 1991, em Havana (Cuba), no Mundial da Austrália, em 1994, e prata na Olimpíada de Atlanta (Estados Unidos), em 1996.

Depois que deixou a Seleção no fim de 1996, ao mesmo tempo em que Hortência, Paula viu o Brasil longe dos bons resultados. “O basquete se sustentou na Olimpíada de Sydney (Austrália), em 2000 (com o bronze), quando a Janeth ainda jogava. Depois os clubes ficaram fragilizados e aumentou o descaso das entidades em relação ao (basquete) feminino”, avaliou.

Além dos péssimos resultados, a modalidade enfrentou recentemente escândalo de corrupção na Confederação Brasileira, que culminou com a saída do presidente Carlos Nunes e dívida de R$ 46 milhões.

Diante deste cenário, Paula vê como saída o trabalho na base. “Temos de mapear quem trabalha pelo basquete e apoiar. As meninas atuam pouco e quando saem para jogar internacionalmente têm dificuldade.”

A ajuda de Paula à modalidade é com o projeto Passe de Mágica, no qual administra seis núcleos – sendo dois em Diadema –, e atende 900 crianças. “Não tenho vontade de trabalhar com as seleções. Está bom esse trabalho que eu faço com o social. Estou mais voltada para área de gestão, não quero mais estar na quadra, não tenho esse sonho.”
 




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