Reiterando problemas financeiros, a Prefeitura de Santo André, chefiada por Paulo Serra (PSDB), apresentou ontem nova proposta de reajuste salarial ao funcionalismo ao oferecer índice fracionado da inflação dos últimos 12 anos (4,57%) em duas parcelas, sendo o primeiro pagamento do percentual de 2% em janeiro de 2018, e a outra quitação, de 2,57%, em 2019. O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) considerou, por sua vez, que a rodada de negociação teve desfecho sem avanço. Na semana passada, o texto previa a correção dividida em três prestações, o que foi rejeitado pela categoria.

Nesta proposta, segundo o governo, o “impacto financeiro acumulado nos próximos três anos passa dos R$ 68 milhões”. A oferta do Paço foi colocada com o compromisso de que em todas as datas-base, 1º de abril, haverá o mínimo percentual inflacionário. O índice será apreciado em assembleia, ainda sem data definida. “É negociação difícil, mas os servidores já demonstraram que estão mobilizados e dispostos a lutar pelos seus direitos. Convocaremos uma assembleia e a decisão tomada pelo funcionalismo nós acataremos”, afirmou a direção, em seu site.

A administração alegou que, mesmo diante da grave crise nas contas, tem feito esforço considerável para “garantir que a inflação acumulada na data-base de 2017 seja reposta aos servidores e não haja perda salarial futura”. “Neste sentido foi feita a proposta de reajuste em duas parcelas e garantido o dissídio de acordo com a inflação na próxima data-base, em 2018”, apontou, ao citar empenho da gestão desde o início do ano para economizar e cortar gastos. “O esforço não tem só como objetivo diminuir custos, mas principalmente recuperar a capacidade de investimento.”