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Volta das sessões será
marcada por barganhas
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
31/01/2011 | 09:37
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O aumento do número de cadeiras e do subsídio parlamentar para 2013 deve permear o início das discussões nas sete Câmaras do Grande ABC. O momento turbulento deve se acentuar por conta das articulações tendo em vista as eleições de 2012. As movimentações dos vereadores irão demonstrar como cada um se posicionará no tabuleiro de xadrez, levando em consideração que diversas candidaturas serão escolhidas neste ano.

Para dar o pontapé nas barganhas políticas, a maioria dos Legislativos definirá nesta semana presidentes das comissões e liderança de governo. São Bernardo foi a única cidade em que a Casa já decidiu os pares que vão dar o aval aos projetos encaminhados e, para a preocupação do prefeito, Luiz Marinho (PT), todas as comissões estão nas mãos da oposição ou do grupo de centro.

O chamado efeito cascata decorrente do reajuste de 61,83% concedido na folha de pagamento dos deputados federais pode acarretar em um acréscimo de R$ 6 milhões anuais nas Câmaras. A implantação efetiva do reajuste, no entanto, depende da vontade política e das condições jurídicas de cada Legislativo.

A previsão leva em conta o panorama atual. É certo que o número de vagas legislativas da região subirá, só que dependerá do crivo dos próprios parlamentares. A partir da próxima legislatura, a região poderá passar de 108 vereadores para até 151.

O presidente da Câmara de Santo André, José de Araújo (PMDB), preferiu se eximir de comentar o tema subsídio. "Não quero adiantar nada. Mas se o grupo optar pelo aumento não será necessário apresentar projeto, mas definir por consenso."

No que se refere à governabilidade, a tendência é que o prefeito, Aidan Ravin (PTB), mantenha posição confortável para aprovar a maciça maioria dos projetos.

Em São Bernardo, o placar atual - oito na situação, oito oposicionistas e cinco independentes - tende a alterar os ânimos. O grupo contrário a Marinho comandará a Casa no próximo biênio. O presidente da Casa, Hirouyuki Minami (PSDB), garantiu que os vereadores trabalharão com o reajuste devido ao método "automático". "Está na lei orgânica, não precisamos mexer em nada."

Diadema retorna aos trabalhos para colocar as relações políticas em pratos limpos. Antes do recesso, aliados se rebelaram e derrotaram o candidato governista, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), para eleger Laércio Soares (PCdoB). A eleição das comissões vai colocar em xeque a posição dos governistas rebeldes.

Em Mauá, o governo do prefeito Oswaldo Dias (PT) deverá sofrer maior resistência dos vereadores em 2011. Isso porque a tendência é que o bloco de oposição seja fortalecido. Os atuais cinco parlamentares do grupo poderão ter a companhia em breve de Roberto Ferraz, o Professor Betinho (PSDC, partido que anunciou que abandonará Oswaldo nas eleições de 2012 e lançará candidatura própria ao Paço) e de Alberto Pereira Justino, o Betão (PSB).

Em São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra a situação tende a se manter favorável. (Colaboraram Havolene Valinhos, Gustavo Pinchiaro, Mark Ribeiro, Beto Silva e Cynthia Tavares)




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