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Edimar da Reciclagem vence prévia do PSDB
ael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/04/2012 | 07:49
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Tiago Silva/DGABC


O vereador Edimar da Reciclagem foi escolhido ontem como pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Mauá. O parlamentar venceu as prévias tucanas contra Ronaldo Ferreira dos Santos, o Lalau (PSDB). Edimar recebeu 333 votos (86,9% do total), contra 45 adesões (11,7%) do militante da legenda.

A definição praticamente ratifica o PSDB na corrida eleitoral pela sucessão do prefeito Oswaldo Dias (PT). "É muito difícil abrirmos mão da candidatura própria. Todo processo legitima ainda mais o PSDB a ter seu próprio candidato a prefeito em Mauá", afiançou o presidente do partido na cidade, Márcio Canuto.

Nos bastidores tucanos, comenta-se que as prévias foram realizadas justamente para aumentar o poder eleitoral do PSDB, até porque Lalau foi assessor parlamentar de Edimar, se filiou recentemente na trincheira tucana e não teria força suficiente para impedir vitória tranquila do vereador nas prévias.

A sigla esteve no pleito de 2008, com Diniz Lopes (hoje no PR), perdeu no primeiro turno com 47.694 votos (22% do total) - maior votação de uma terceira via na história política de Mauá. Contudo, no segundo turno, Diniz decidiu apoiar Oswaldo, saiu do PSDB e enfraqueceu todo projeto construído para o PSDB retomar o poder no município - entre 1992 e 1996, os tucanos governaram Mauá, com o empresário José Carlos Grecco.

Canuto afirmou que a executiva estadual do PSDB tem incentivado o diretório tucano a ter seu projeto solo. Durante a semana passada, o dirigente mauaense se reuniu com o presidente paulista do PSDB, deputado estadual Pedro Tobias, e o cacique autorizou o partido a projetar voo solo na cidade.

A sigla, porém, é cortejada por duas frentes de oposição a Oswaldo. A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) já oficializou desejo de contar com os tucanos em seu palanque majoritário, até para ter presença maciça do governador Geraldo Alckmin (PSDB) no pleito mauaense. Na Assembleia Legislativa, Vanessa integra o bloco de sustentação de Alckmin, que ficaria dividido com campanhas do PSDB e do PMDB em Mauá.

Simpático à aliança com Vanessa, Canuto argumentou que o fato de o PSDB projetar candidatura própria não significa que os partidos não possam caminhar lado a lado. "Nada impede de haver acordo no segundo turno com a Vanessa", comentou Canuto, até então principal defensor no diretório da união com a peemedebista.




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