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Há 10 anos, Grande ABC perdia Edson Dotto
Do Diário do Grande ABC
16/03/2007 | 22:31
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Há exatos 10 anos morria um dos fundadores do Diário, Edson Danillo Dotto, que dirigiu o jornal de 1958 a 1992. Segundo o irmão e ainda diretor da empresa, Maury Dotto, Edson faz parte da história do Grande ABC. “Ele tinha facilidade em lidar com política e, por isso, acompanhava bastante esse cenário na região. Tinha bom relacionamento com prefeitos e lideranças. Também era engajado em causas sociais”, relembra.

Maury Dotto participou – junto com o irmão e os amigos Angelo Puga e Fausto Polesi – da criação do projeto que viria a se tornar o Diário. Em 1957, na casa dos Dotto, os quatro decidiram lançar o News Seller, um tablóide de circulação quinzenal e distribuição gratuita pelas vilas Zelina, Bela e Prudente, em São Paulo.

Após um ano sem circular, em 1958 o jornal foi relançado em Santo André como semanário. Dez anos depois, em 1968, o News Seller se transformou no Diário do Grande ABC. Até 1992, Edson Dotto manteve-se na empresa junto com os demais fundadores. Em janeiro do ano seguinte, resolveu dedicar-se exclusivamente a emissoras de rádio que mantinha paralelamente às atividades do jornal.

Em uma de suas declarações sobre o Diário, Edson Dotto disse: “A gente olhava não na metade do caminho, mas na frente. Nós imaginávamos o jornal já com sede própria, com os políticos reconhecendo o seu valor, cheio de anúncios, a sociedade aplaudindo.” Quanto aos políticos, tinha uma idéia fixa: “Enquanto tivermos políticos que só negociam em favor de seus interesses pessoais, não teremos resultados melhores para a coletividade”.

Nascido em São Carlos (Interior paulista), em 8 de setembro de 1934, Edson chegou em São Paulo em 1941. A primeira residência da família foi na Vila Zelina, bairro próximo a São Caetano. O empresário se formou em Direito, em 1976, pela Faculdade de Direito São Bernardo.

Mestre em Administração Mercadológica pela FGV, desde muito jovem interessou-se por veículos de comunicação. Casou-se em 15 de outubro de 1960 com Daisy Mendonça Dotto, com quem teve três filhos: Kátia, Keller e Keynes.

Edson Dotto morreu em 17 de março de 1997, segundo boletim do Hospital Albert Einstein de insuficiência respiratória, infecção pulmonar, hipertensão intracraniana e gliobastoma multiforme.




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