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Mutilados de Serra Leoa têm esperança de recuperaçao
Do Diário do Grande ABC
23/09/2000 | 15:25
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O alto número de pacientes com as duas maos amputadas durante a guerra civil em Serra Leoa fez com que os médicos da Cruz Vermelha voltassem a usar o método de Kukenberg, originalmente usado em combatentes acidentados em explosoes de minas terrestres na Primeira Guerra Mundial.

O método já nao era mais usado, seja por causa da raridade do ferimento, pelo fato de os cirurgioes de hoje conseguirem impedir a amputaçao ou devido ao aparecimento de sofisticadas próteses, mas como o país africano é muito pobre, nao é possível fazer operaçoes sofisticadas.

O método de Kukenberg consiste em separar os dois ossos do antebraço do ferido para que se crie uma espécie de pinça, que, com treino, podem ser abertas e fechadas. Posteriormente, as pontas das pinças desenvolvem sensibilidade. Os médicos disseram à revista científica britânica The Lancet que já foram feitas 11 cirurgias do tipo -oito em homens e três em mulheres, com idade média de 42 anos. Segundo eles, após três meses, todos os pacientes bebiam e comiam sem ajuda e conseguiam se vestir sozinhos. Três quartos dos operados alcançaram um nível razoável de destreza nos seus movimentos.

François Irmay, que trabalha no Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Serra Leoa, afirma: "Quando eles se dao conta de que poderao comer e beber sem ajuda, se vestir, fazer tarefas manuais simples, reconquistam sua dignidade. Isso é encorajador".




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