De acordo com Heloísa, a diminuição no número das bolsas não chega a ser reflexo direto da retração do mercado, mas do fato de a empresa exigir conhecimentos prévios desses idiomas. Por outro lado, a gerente da escola de idiomas Cel Lep de São Bernardo, Cristina Benozatti, o movimento de alunos vindos de empresas diminuiu cerca de 20%, de janeiro a setembro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. “Isto é um reflexo de toda a conjunta econômica. Espero que o volume volte a crescer no próximo ano.” Algumas companhias conveniadas do Cel Lep de São Bernardo são Volkswagen, DaimlerChrysler e EDS.
No caso da Panex, fabricante de utensílios de cozinha de São Bernardo, pertencente ao grupo norte-americano Rubbermaid, o benefício foi cortado no início deste ano. Segundo o diretor administrativo da Real Food Alimentação, de Santo André, Anderson Alves de Oliveira, a alternativa para driblar a retração de mercado foi reunir trabalhadores de várias empresas vizinhas em um único local e a contratar um professor particular.
Segundo o professor de inglês Alberto Hugo Fávero, o volume de suas aulas caiu pela metade no primeiro semestre. “Houve muita precipitação de empresas e pessoas com as várias crises econômicas.” De acordo com Fávero, neste segundo semestre seu volume de aulas já cresceu cerca de 70% em relação ao semestre anterior.
De acordo com o chefe de desenvolvimento organizacional e treinamento da Scania Latin America, de São Bernardo, Hélder Odilon Lotto, a subvenção para as bolsas de idiomas é de R$ 174/mês. “Em 2001 tínhamos 123 alunos subvencionados e neste ano são 97. Ainda não fechamos nossa meta para 2003, mas o viés deverá ser para baixo.” Segundo Lotto, as 27 escolas e os 20 professores particulares atuais também serão reduzidos.
Na Daimler Chrysler, de São Bernardo, o plano de bolsas se mantém estável, mesmo com a retração do mercado. A Daimler Chrysler paga até 50% da mensalidade, mas seu teto de subvenção é de R$ 100.
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