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Crédito imobiliário da Caixa sobe 60%
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
25/03/2010 | 07:00
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A Caixa Econômica Federal registrou avanço de 60% no volume de crédito imobiliário contratado neste ano na região, até o dia 19, sobre o primeiro trimestre cheio de 2009. Este montante, R$ 180 milhões, considera apenas contratos estabelecidos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). A verba não leva em conta operações dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.

O resultado também é interpretado como reflexo do crescimento econômico no Grande ABC. Para o diretor do curso de Economia da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), Francisco Funcia, "isso mostra que estamos em sintonia com os indicadores econômicos nacionais", que demonstraram melhora no primeiro bimestre.

De acordo com a superintendente regional da Caixa, Marjori Soraia de Oliveira, o resultado, até o dia 19, representa, aproximadamente, 80% do volume de crédito contratado junto ao banco no Grande ABC, neste ano. Ela calcula que as empresas contrataram cerca de R$ 100 milhões na instituição. E os consumidores algo em torno de R$ 150 milhões.

Marjori explica que não existe meta para a região de concessão de crédito imobiliário. "Nós trabalhamos de acordo com a demanda". E afirma que o resultado "foi positivo, ainda mais levando em consideração que o mês de fevereiro foi bem menor pelo Carnaval".

IMÓVEL NOVO - O interesse pela aquisição de imóveis novos, já construídos, foi destaque. Em fevereiro, o volume contratado de recursos do FGTS para este ramo foi de R$ 1,12 milhão, superando em 343,6% o montante de igual período de 2009 (R$ 254 mil).

Funcia destaca que esse tipo de empréstimo é atrelado à pessoa empregada, que é cotista do FGTS. "O resultado na região está compatível com o aumento de criação de postos de trabalhos dos últimos meses", observou.

Já os créditos com recursos da poupança, para aquisição de novas moradias, cresceram 200,4%, passando de R$ 2,1 milhões no segundo mês de 2009, para R$ 6,4 milhões no mês passado.

Neste mês, a ampliação sobre março cheio de 2009 não foi tão gritante. Empréstimos para imóveis novos construídos, com recursos do FGTS, expandiram 20,1%, pulo de R$ 801,6 mil para R$ 962,9 mil. Com fundos da poupança, houve recuo de 2,3%. Por enquanto, as contratações para a compra de imóveis usados, com FGTS, estão em queda de 51,2%, ante 2009.




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