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Sindicalistas pedem salário mínimo de R$ 320 e correção no IR
Do Diário OnLine
Com Agências
07/12/2004 | 15:16
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Salário mínimo de R$ 320 e a correção da tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) foram os principais assuntos da reunião mantida nesta terça-feira entre líderes sindicais e as bancadas governistas no Senado e na Câmara. Na véspera do encontro que manterão com o ministro Antônio Palocci (Fazenda), os sindicalistas saíram do Congresso com a promessa de empenho dos governistas nas discussões sobre o piso para 2005.

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC, José Lopes Feijóo, cobraram dos senadores e deputados um salário mínimo de R$ 320 a partir de 2005 e a correção da tabela do IRPF em pelo menos 17% - índice de defasagem acumulado nos dois anos de governo Lula, segundo o Dieese.

"Não adianta falar só em superávit e esquecer que lá embaixo há uma população carente cobrando ações", afirmou Marinho, que destacou o risco de "perda de votos" para Lula junto à classe trabalhadora nas eleições de 2006.

A possibilidade de antecipação do reajuste do piso para janeiro, em vez de maio, também foi abordada na reunião. Marinho disse que seria interessante antecipar o aumento, desde que isso não signifique dar um índice inferior ao que seria concedido em maio.

"A CUT está reivindicando R$ 320. Se for reajustado em maio R$ 320 e se for em janeiro R$ 290, por exemplo, é preferível ficar para maio os R$ 320. Agora, se for aplicar em janeiro os R$ 320 que seriam em maio, evidentemente que seria extremamente positivo", explicou Marinho.

Discussão duradoura – O presidente da CUT ressaltou a proposta de atingir um salário mínimo de R$ 1.500 dentro de 20 anos. Para isso, segundo Marinho, o governo terá de implementar desde já uma política de recuperação que dê ao piso mais do que a variação do PIB (Produto Interno Bruto). "Vincular (o aumento do mínimo ao crescimento do PIB)simplesmente é manter a condição de desigualdade no país."

Palocci, por sua parte, também deu indicações de que será firme na negociação com os líderes sindicais. Em visita ao Congresso, nesta terça-feira, o ministro da Fazenda não quis antecipar qual será o valor do salário mínimo em 2005. "É legítimo que os trabalhadores façam demandas ao governo num momento de crescimento, como este. Temos de ver isso como legitimidade. Mas o meu papel é fechar a conta."




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