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Repórter Vesgo rejeita título de 'celebridade'
André Bernardo
Da TV Press
02/12/2004 | 10:49
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Ele já levou safanão de Luana Piovani, bolsada de Luiza Thomé e até soco na cara do Victor Fasano. Tudo por conta das perguntas indiscretas que faz às celebridades da TV. Mesmo assim, Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo do Pânico, da Rede TV!, não quer ficar conhecido como o terror dos famosos. “É que a verdade, às vezes, machuca. Mas não tenho a intenção de humilhar ninguém”, diz.

Mas há também quem não se incomode e até entre na brincadeira. Suzana Vieira é uma delas. Garota-propaganda do fixador Corega, achou graça ao ser indagada se usava dentadura. Marília Gabriela também não perdeu a esportiva quando Vesgo mandou um abraço para um de seus filhos. “Qual deles?”, ela perguntou. E ele: “O Gianecchini”. “Não sou louco de criticar uma Fernanda Montenegro. Quando cheguei perto dela, nem sabia o que falar”, afirma.

Por ironia, esse mineiro de 23 anos que tanto critica as celebridades está se transformando em uma delas. Hoje, ele é o responsável pelos momentos mais divertidos do Pânico, da Rede TV!. O programa alcança dois dígitos no ibope e ocupa o terceiro lugar no domingo.

PERGUNTA: O atual desafeto do Pânico é o Clodovil. Você não acha que, às vezes, pega pesado e passa dos limites?

RODRIGO SCARPA: No começo, eu confesso que não tinha muita noção de limite. Por imaturidade mesmo, achava que podia tudo. Neste um ano de Repórter Vesgo, aprendi muito com os meus erros. Hoje em dia, se você reparar bem, estou brincando mais do que agredindo. Na verdade, nunca tive a intenção de agredir ninguém. Mas já houve vezes em que passei dos limites mesmo.

PERGUNTA: Quando, por exemplo?

SCARPA: Quando eu virei para a Mariana Kupfer, por exemplo, e disse: “Você já tentou ser atriz, cantora, apresentadora e nada deu certo. O que você é agora?”. Eu me arrependo disso. Não tinha esse direito. Hoje, procuro ser mais sutil, bem-humorado. Recentemente perguntei ao Maluf: “Você me empresta a senha do seu banco na Suíça?”.

PERGUNTA: Qual foi a sua pior saia-justa até hoje?

SCARPA: Ah, sem dúvida, foi com o Victor Fasano. Aquilo nem foi saia-justa. Foi uma cena grotesca e covarde. Não dei motivos para ele fazer aquilo. Outros teriam motivos para me agredir e não agrediram. Ele, não. Fiz só um trocadilho em tom de brincadeira. Infelizmente, ele não entendeu. Fazer o quê? Ele não respeitou o meu trabalho. Se não queria dar entrevista, era só falar. Eu respeitaria.

PERGUNTA: Uma de suas primeiras vítimas, inclusive, foi o Amaury Jr, um dos precursores do colunismo eletrônico no Brasil. Como ele reagiu à brincadeira?

SCARPA: Ele não entendeu nada! Fui a um evento e, quando encontrei o Amaury lá, resolvi fazer uma brincadeira. Foi aí que despenteei o cabelo dele. “Ô meu, cê tá acabando com o meu cabelo! O que você pensa que tá fazendo?” E foi embora despenteado. Às vezes, eu tenho uns surtos de loucura, sabe? Beijar a Roberta Miranda foi um deles. (risos)

PERGUNTA: Mas você não tem medo de, amanhã ou depois, virar uma celebridade também?

SCARPA: Pois é, já tem até comunidade dedicada ao Vesgo no Orkut, com 30 mil membros cadastrados, dá para acreditar? Mas eu nunca pensei em virar celebridade. Aliás, nem quero. Sou uma crítica às celebridades vazias. As pessoas acham que a fama vem antes do trabalho. No meu caso, não. A fama é apenas uma conseqüência do meu trabalho. Gosto quando as pessoas reconhecem o meu trabalho e vêm falar comigo. Mas você nunca vai me ver na capa da Caras. Isso eu prometo!




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