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Moscou e Paris defendem conferência de paz para Oriente Médio
Das Agências
08/07/2002 | 17:50
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Os governos russo e francês defenderam nesta segunda-feira a realização de uma conferência internacional de paz para o Oriente Médio, apesar das fortes reservas dos Estados Unidos, e também expressaram apoio ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat.

A convergência de pontos de vista entre países europeus e Moscou ficou clara durante a primeira visita à Rússia do novo ministro francês das Relações Exteriores, Dominique de Villepin, destinada a preparar uma reunião de cúpula entre os presidentes Jacques Chirac e Vladimir Putin nos dias 19 e 20 de julho em Sotchi (Sul da Rússia).

"Nossas posições em relação à solução do problema (do Oriente Médio) coincidem em grande parte. Para obter tal solução é necessário que a comunidade internacional empregue esforços redobrados, entre eles a organização de uma conferência internacional", declarou o chefe da diplomacia russa, Igor Ivanov.

Dominique de Villepin estimou que "o instrumento para avançar" em direção a uma solução de paz é a conferência, com a participação do "quarteto" - Estados Unidos, União Européia, ONU (Organização das Nações Unidas) e Rússia. O assunto sequer foi mencionado pelo presidente norte-americano George W. Bush em seu último pronunciamento sobre o Oriente Médio, no dia 24 de junho.

O ministro francês, que na semana passada esteve em Israel e deve chegar na quarta-feira (10) aos Estados Unidos, pronunciou-se também "pela criação de um Estado palestino pacífico e soberano com base nas fronteiras de 1967".

Os dois ministros reafirmaram que consideram Arafat o "representante legítimo" da Autoridade Palestina. Em seu pronunciamento, Bush havia apelado implicitamente para o afastamento de Arafat, alegando que uma mudança na direção palestina é necessária para que seu governo auxilie a criação de um Estado palestino provisório.




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