Em seu discurso, Lula afirmou saber da dificuldade em se produzir um evento dessa magnitude, mas destacou sua importância na contribuição para "melhorar" as estatísticas atuais. O presidente mencionou que, no Brasil, apenas 26 milhões de pessoas lêem regularmente e que 16% da população têm em casa 70% dos livros existentes no mercado.
“É indiscutível a contribuição de vários escritores e escritoras que relatam tão bem nossas histórias e nosso povo”, afirmou Lula, completando que é preciso democratizar o acesso ao livro para além das já existentes cinco mil bibliotecas públicas.
Lula também destacou a importância de “melhorar” a educação brasileira. “Não adianta o livro estar na prateleira, na biblioteca ou em cima da mesa. É preciso que nós tenhamos políticas para garantir que a criança, no momento certo, adquira a fome de ler”, declarou o presidente. Lula frisou, no discurso, que no Brasil 52% das crianças das escolas primárias lêem um texto e não conseguem interpretá-lo.
O ministro da Educação, Tarso Genro, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e a prefeita da capital, Marta Suplicy, também participaram da abertura da Bienal, que espera receber 600 mil pessoas este ano.
A feira, com 150 mil livros, dos quais dois mil são lançamentos, segue aberta até o próximo dia 25. Os ingressos variam de R$ 4 a R$ 8. Menores de 12 anos, maiores de 65 anos, professores, escritores e bibliotecários têm entrada franca.
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