O etanol é a melhor opção para quem deseja encher o tanque no Grande ABC. Após o presidente Michel Temer (PMDB) ter autorizado o aumento das alíquotas de PIS/Cofins para os combustíveis, em 20 de julho, por meio de decreto presidencial, e na semana seguinte ter recuado no percentual incidente sobre o combustível renovável, vale mais a pena optar pelo álcool.

Isso ocorre mesmo ao considerar que a redução de R$ 0,08 no litro do etanol, anunciada na sexta-feira, foi anulada pela elevação de R$ 0,11, no mesmo dia, por parte dos usineiros, devido a problemas na safra e aumento da demanda. Com isso, os preços na bomba continuam os mesmos.

O valor médio do renovável, dessa forma, segue R$ 2,39 na região, enquanto que o da gasolina, R$ 3,59. Ao aplicar o cálculo de 70% sobre o valor do derivado de petróleo – pois o álcool possui rendimento menor do que a gasolina –, nota-se que vale a pena abastecer com o etanol até R$ 2,51. No entanto, é recomendável ao motorista sempre fazer a conta e multiplicar por 0,7 o custo do derivado do petróleo.

O presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do ABCDMRR), Wagner de Souza, se queixa das justificativas das usinas para elevar o preço. “O consumidor nem pode sentir o impacto da redução do imposto, que apenas acabou neutralizando o aumento que tínhamos acabado de receber”, explica.

Souza também reclama da nova política de reajuste da Petrobras, pelo fato de ela criar “efeito gangorra” para as refinarias, distribuidoras, donos de postos e, por fim, os consumidores finais. “Fica difícil saber qual será o preço do combustível, pelo fato de a Petrobras alinhar o valor com o mercado externo. Com isso, o custo flutua bastante, o que não é bom para ninguém.”