O recorde foi oficializado no ano passado. Dolores é filha de Leônidas Schwindt (1906-1972), mineiro de Uberlândia, que fundou o jornal em 1935, em Goiás (GO). Tipógrafo, seu desejo era ter seu próprio jornal. Nas horas vagas, fazia as reportagens e também compunha as páginas. O pouco tempo foi suficiente para produzir um jornal semanal de 6 cm x 9 cm, no qual ele também vendia anúncios. Batizou-o com um pronome de tratamento “destinado a pessoas importantes”.
Sob o nome, vinham os dizeres “Jornal noticioso e independente. De tudo um pouco”. E o slogan era “O menor jornal do mundo”. Mas depois Leônidas descobriu um jornal norte-americano, fundado em 1896, que era um pouco menor, mas com apenas uma página e uma única edição. Vossa Senhoria foi publicado até 1941, quando Leônidas voltou a Minas.
De 1946 a 1956, ele e a família (são seis filhos) viveram da renda gerada pelo microjornal, muito crítico e combativo. Em Divinópolis, Schwindt fundou o Diário do Oeste, em 1956, em formato normal e em cuja redação ele morreu, em 1972, logo após finalizar uma edição. Naquele período, o Vossa Senhoria não foi publicado.
Seu sonho de ter o menor jornal do mundo começou a ser realizado em 1985, quando Dolores reeditou o Vossa Senhoria e reivindicou o recorde reduzindo-o para 5 cm x 7,5 cm. Em 1996, o Guinness localizou um jornal inglês menor, de 5 cm x 6 cm, e outro menor ainda na Índia, 4 cm x 5 cm. Em 1998, ela conseguiu o formato atual que tem lhe garantido o recorde.
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