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Funcionários da ETCD vão à sessão da Câmara
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
03/06/2010 | 09:17
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Cerca de 20 funcionários da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema), entre motoristas e cobradores, marcaram presença ontem à tarde na Câmara. Os trabalhadores temiam que o projeto de lei do Executivo sobre a privatização da empresa municipal fosse votado na Casa, durante a sessão antecipada do feriado de Corpus Christi.

"Na dúvida, resolvemos comparecer por precaução", explicou Francisco Guimarães Araujo, um dos representantes da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e funcionário da ETCD.

A matéria, enviada à Casa pelo prefeito Mário Reali (PT) dia 26 com regime de urgência, prevê a entrega dos serviços públicos do transporte para a iniciativa privada. A administração petista irá abrir processo de licitação para concessão das cinco linhas municipais operadas pela empresa, criada em 1987 e hoje atolada em dívida de R$ 110 milhões, entre ações cíveis e trabalhistas.

"O projeto está pronto para ser votado, uma vez que já foi lido na sessão. E como o governo pediu regime de urgência para apreciação, pelo Regimento Interno, são 45 dias de prazo. Ou seja, até o dia 1º temos de discutir e aprovar", explicou Irene dos Santos (PT), vereadora radicalmente contrária à privatização da empresa.

Ontem, na tribuna do Legislativo, o vereador Lauro Michels (PSDB) comandou fala em defesa dos trabalhadores da ETCD, embora seja do partido que investe na política de privatização. "A ideologia do meu partido defende realmente esse processo, mas nem tudo a gente tem de concordar", afirmou, no melhor estilo do tucanato.

A posição em cima do muro do tucano, inclusive, foi cobrada na sessão pela vereadora Cida Ferreira (PMDB). Lauro floreou, mas não respondeu publicamente. Indagado depois pela reportagem, ele foi taxativo: "Sou contra a privatização da forma que está sendo feita pelo governo: de cima para baixo".

A empresa possui 370 funcionários, entre ativos e inativos.




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