A FarmaImes, como a unidade foi batizada, é um convênio entre a escola e a Prefeitura. A Anvisa ainda não expediu a Autorização Especial de Funcionamento para o local. Técnicos da agência encontraram falhas no projeto e nos documentos enviados pela instituição municipal no último dia 18. As informações ainda estão sendo analisadas.
Um dos problemas é que, de acordo com os técnicos, a farmácia-escola não pode produzir remédios em grande escala para abastecer postos de saúde, como anunciado pelo diretor de Saúde. No ofício desta quarta à Vigilância Sanitária estadual, a Anvisa considera que a produção de 50 mil cápsulas poria a farmácia do Imes na categoria de miniindústria.
Ao órgão federal, o Imes solicitou registro para a constituição de uma farmácia de manipulação para comércio varejista, que já teria autorização da Vigilância de São Caetano. A Anvisa também questiona a produção de remédios para atendimento de postos de saúde.
A assessoria de imprensa do Centro de Vigilância Sanitária Estadual informou que uma equipe técnica irá à farmácia-escola nos próximos dias.
Toda a produção dos medicamentos – entre eles, diuréticos, anti-hipertensivos e hipoglicemiantes – será comprada pela Prefeitura e distribuída gratuitamente nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade, conforme Auricchio Júnior informou na edição de sábado. Segundo o diretor, parte do primeiro lote de remédios (dez itens) já está em produção. A FarmaImes traria uma redução em torno de 50% a 60% para os cofres públicos.
Procurados por telefone nos três últimos dias pelo Diário, para comentar sobre os problemas no licenciamento da FarmaImes, o diretor de Saúde e o diretor do Imes, Marco Antonio Santos Silva, não voltaram a ligar para o jornal. A assessoria de imprensa do Imes informou que o diretor só falará no próprio dia da inauguração.
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