A administração do Grand Plaza Shopping, em Santo André, está apurando as causas do incidente que culminou em um princípio de incêndio da subestação de energia elétrica. Questionada sobre estimativa de prejuízo ou eventual ressarcimento por danos aos lojistas, o complexo declarou em nota que, "por razões jurídico-administrativas, não pode emitir informações sobre assunto".

Na véspera do Dia das Mães, por volta das 11h30, o shopping center determinou a suspensão das atividades comerciais devido à falta de energia elétrica. A operação voltou ao normal na manhã de domingo. O Hiper Extra e a C&C Casa e Construção funcionaram por terem geradores.

Os lojistas ouvidos pela equipe do Diário não conseguiram dimensionar o prejuízo por não abrirem as portas em uma data tão importante, mas relataram que a situação só não é pior pois o Dia dos Namorados está próximo, e será a oportunidade de liquidar os produtos que ficaram no estoque.

A gerente da loja de bolsas Tiara, Tatiana Lopes Mendonça, disse que "o pouco que os funcionários venderam naquele dia foi em dinheiro, já que os meios de pagamento eletrônicos não funcionaram".

A supervisora de uma marca de vestuário feminino relatou que a perspectiva de faturar 20% a mais na data em relação a 2010 foi praticamente transformada em prejuízo. O mesmo ocorreu com outro lojista de perfumaria e cosméticos, que contratou oito funcionários para atender os clientes.

O proprietário das lojas Pixolé e Caprishow, Antônio Pereira Esteves, afirma que a rede ainda verificará com a administração do complexo como ficará a situação. "Foi um incidente triste ficar sem funcionar na véspera de uma data tão importante. A perda foi equivalente a quatro dias de vendas."

A gerente de marketing do Mauá Plaza Shopping, Ariane Oliveira, acredita que o público do Grand Plaza foi diluído entre os demais shoppings da região. O complexo mauaense contabilizou alta de 33% nas vendas ante os 20% projetados inicialmente.