Nada mais, nada menos do que 5 a 1 no Chile, no primeiro compromisso brasileiro no hexagonal final do Sul-Americano Sub-20 em Arequipa, no Peru. Resultado e exibição suficientes para que o técnico Ney Franco elogiasse seus comandados, que buscam uma das quatro vagas no Mundial da modalidade e uma das duas nos Jogos Olímpicos de Londres (2012).

"A gente não pode deixar de ressaltar que o Chile tem escola interessante, muito ofensiva. A forma como a gente entrou jogando teve de ser ajustada durante o jogo. O intervalo foi determinante. Tivemos de mudar o posicionamento de alguns jogadores. Com isso, criamos alternativas ofensivas. Foi providencial este ajuste técnico da equipe", exaltou o treinador.

Quem desabafou com o placar elástico foi o atacante flamenguista Diego Maurício, que rebateu as declarações dadas pelos chilenos antes do jogo que teriam vantagens sobre a Seleção Brasileira.

"Existe uma lei que diz: ‘eles falaram demais'. Disseram antes do jogo que a altitude ia facilitar o jogo para eles e tudo mais. Tomaram cinco caixas (gols). Que eles fiquem quietos a partir de agora. Que falem menos na próxima partida e joguem mais", destacou o jogador.

Contra a Colômbia (sexta-feira, à 0h10), a preocupação principal de Ney Franco é em cima do atacante Neymar. A joia santista está pendurada com dois cartões amarelos e pode ficar fora de algum dos próximos jogos da Seleção.

"Claro que preocupa ele nesta situação. A substituição dele foi muito em cima disso. Quando o time fez o terceiro gol, eu já tinha pensando em tirá-lo do jogo, mas a partida ainda não estava definida. Ele vai precisar saber jogar essa parte final da competição sem levar novo cartão", disse.

O lance que originou o cartão a Neymar foi um pênalti não marcado sobre o jogador, que acabou interpretado pelo árbitro como encenação. "Não sei se foi falta ou não. Se for simulação vamos conversar com o atleta para inibir isso. Se não for, esse foi mais um cartão errado contra a nossa equipe quando era para ter sido falta a nosso favor", afirmou Ney.