Um ano depois da morte da estudante de São Caetano Jacqueline Ruas, 15 anos, a família continua sem saber quem são os responsáveis pelo fim trágico do passeio. A garota passou mal no avião quando voltava para o Brasil de viagem à Disney. Cansados de esperar a conclusão do inquérito instaurado pela Polícia Federal, os pais decidiram entrar com ação por danos morais e materiais, no valor de R$ 1 milhão, contra a agência de turismo Tia Augusta, organizadora da viagem.

Segundo Magda Paz, tia da menina, a família decidiu agir. "A angústia é muito grande. Um ano se passou e a única resposta é a de que temos de aguardar o fim da investigação", protesta. "Sabemos que nada vai trazer a Jacqueline de volta, mas precisamos impedir que o mesmo erro seja cometido novamente", ressalta Magda.

O advogado Renato Tucunduva, que representa os pais da jovem, informou que a ação por danos morais e materiais também tem outros dois réus: a Copa Airlines, operadora do voo, e o Hospital Celebration, em Orlando, nos Estados Unidos, onde Jacqueline foi atendida pela primeira vez.

A garota, que morava em São Caetano, morreu dentro do avião no dia 2 de agosto de 2009 e os parentes só ficaram sabendo após o desembarque no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Jacqueline tinha embarcado com amigas para a Disney no dia 20 de julho e começou a apresentar sintomas de gripe dia 28.

A estudante foi levada ao Hospital Celebretion, no dia 31, onde recebeu antibióticos e até o tamiflu - indicado para a gripe suína. No entanto, os exames apontaram pneumonia e mesmo assim a garota foi liberada. Dois dias depois, a adolescente morreu.

Procurada, a Tia Augusta reiterou, em nota, "que a empresa fez tudo o que estava em seu alcance para que a saúde da jovem fosse preservada" na ocasião. Já a Polícia Federal informou que o inquérito está em fase final, mas não há previsão para a conclusão.