Política Titulo Infidelidade partidária
Talabi insinua favorecimento a filho de presidente
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
07/11/2011 | 07:32
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O vereador Talabi Fahel (PR), de Diadema, insinuou que o presidente do PSC local, Teodózio Gregório Silva, motivou a investigação do Ministério Público para apurar se houve características de infidelidade partidária em sua troca do PSC para o PR. Sem citar nomes, Talabi disse que há "interesses por trás" da apuração do MP.

"Dá para perceber que há algum interesse por trás de tudo isso. Não quero colocar nomes, mas é só pegar a lista e ver quem ficou filiado. É estranho cassar oito ou nove para chegar a essa pessoa interessada. A Promotoria tem de investigar isso", declarou o republicano.

Depois da saída do vice-prefeito Gilson Menezes - que migrou para o PSB -, o PSC sofreu processo de esvaziamento. Além de Talabi, os nove primeiros suplentes deixaram a sigla, sobrando somente Washington Figueira da Silva, o Professor Ton, filho de Teodózio. Caso o MP determine a extinção de mandato de Talabi com base na Lei de Fidelidade Partidária, Professor Ton poderia assumir a cadeira.

Teodózio criticou a postura de Talabi e garantiu não ter influência no processo que a Promotoria abriu para apurar o caso. "Quando ele saiu do partido, falei publicamente que não iria pedir a cadeira dele. Ele se desligou do partido porque não compactuou com o projeto de crescimento do PSC. Queremos crescer e não ter gente que apenas quer tirar proveito pessoal."

O presidente municipal do PSC também atacou as insinuações de Talabi de favorecimento ao seu filho. "É uma safadeza dele falar um absurdo desse. Como iria ajudar meu filho, que é décimo suplente? A lei está aí, é para ser cumprida. Não posso ser culpado de nada, sendo que quem foi infiel aos princípios do partido foi ele (Talabi)."

O vereador afirmou que, em resposta à Promotoria, anexou documentos que comprovam sua expulsão do PSC. Talabi assegurou que não queria abandonar o partido, mas pressão da executiva estadual e do diretório municipal para ingressar no bloco de oposição ao prefeito Mário Reali (PT) motivou divergências da legenda. "Fui eleito em uma coligação de apoio ao PT, como eles querem que eu mude de rumo? Eu não concordei e aí os problemas começaram."

Além de Talabi, saíram do PSC o ex-presidente da Câmara José Zito da Silva, o Zezito (PR); Reinaldo Meira (PR); o ex-vereador Antônio Bonfim de Melo, o Titio (PPS); o ex-parlamentar José Carlos Gonçalves (PR); e Pedro Soares (PR), secretário de Assistência Social do governo Reali.




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