O vice-presidente Al Gore anunciou nesta segunda uma agenda eleitoral contra a delinqüência que inclui a exigência de licença com foto para os novos donos de armas curtas, a proibiçao da fabricaçao de armas curtas baratas, um maior gasto no treinamento policial e uma emenda constitucional para proteger os direitos das vítimas. "Se me concederem o privilégio de servir como presidente, darei segurança para as famílias e reduzirei o nível da delinqüência em todos os âmbitos", disse Gore numa entrevista ao canal de TV CNN.

Segundo Gore, será necessário tanto uma licença com foto para os compradores de armas curtas e investigaçao de antecedentes para a aquisiçao de armas de fogo quanto o registro obrigatório de todas as armas de fogo.

Alguns dos detalhes específicos da agenda, como seu custo, nao foram anunciados, mas as propostas se referem, em sua maior parte, ao controle de armas. Os tiroteios este ano nas escolas de Littleton, Colorado, e Conyers, Geórgia, estimularam o debate do assunto na campanha presidencial norte-americana para o ano 2000.

A proposta de Gore também proíbe a fabricaçao de armas curtas baratas, conhecidas como "armas genéricas" ou "especiais para as noites de sábado".

A indústria de armas baratas se remonta às batidas de armas após o assassinato do senador Robert Kennedy por Sirhan Sirhan, que usou um revólver calibre 22 de fabricaçao européia, em 1968. Até entao, a maioria das armas baratas vendidas nos Estados Unidos eram fabricadas no exterior. O Congresso proibiu na época as importaçoes desse tipo de produto mas nao a sua fabricaçao nacional.

Gore também propôs penas mais severas para o tráfico de armas. O vice-presidente já tinha defendido antes o aumento da idade mínima de 21 anos, no lugar dos 18 atuais, para a compra de armas de fogo. Gore esperava reavivar com este tema sua decrescente popularidade nas pesquisas de opiniao. Em junho, uma rixa entre democratas e republicanos contribuiu para o fracasso de um projeto para o controle de armas de fogo.