Ainda sem definir se lançará candidato próprio à Prefeitura de Mauá, o PSDB fechou aliança com o PSDC, partido que tem como principal representante o vereador Roberto Rivelino Ferraz, o Professor Betinho. A legenda é a primeira a aderir ao projeto tucano na cidade, que pode ter o também parlamentar Edimar da Reciclagem como postulante ao Paço e não descarta aliança com a deputada estadual Vanessa Damo, pré-candidata do PMDB ao Executivo mauaense.

A parceria foi praticamente selada após reunião entre Betinho, que também preside o PSDC em Mauá, e Márcio Canuto, mandatário do PSDB no município. O acordo também vai envolver coligação proporcional para candidatos a vereador, possibilitando aumento na chapa. A oficialização sairá na semana que vem.

No encontro, Betinho pontuou que o ideal seria o lançamento de candidatura própria pelo PSDB. Os tucanos estão em dilema interno por conta do pedido de prévias protocolado por Ronaldo Ferreira dos Santos, o Lalau. A requisição está em análise na executiva estadual do PSDB. O diretório municipal afirma que Lalau não tem legitimidade para concorrer internamente contra Edimar, já que não conseguiu colher 180 assinaturas de militantes para se ratificar como pré-candidato. Já o postulante diz ter aval da maioria dos integrantes do diretório da cidade.

"O PSDB, após o PT, é o partido que mais consegue voto de legenda. Tem potencial eleitoral e seria importante ter candidato", avaliou Betinho. "E, se tiverem mesmo candidato próprio, o PSDC entra na discussão de indicação da vice deles", recomendou o democrata-cristão. Hoje, o posto de vice está nas mãos do presidente de honra do Instituto Henfil, Mateus Prado (PSDB).

Canuto foi mais comedido ao falar sobre voo solo em Mauá. Apesar de nutrir a discussão sobre a chapa Edimar e Mateus, o tucano admitiu que há negociações em andamento com Vanessa para fortalecimento do projeto de oposição à administração de Oswaldo Dias (PT). Com esse cenário, o PSDB indicaria o vice de Vanessa - provavelmente Edimar. "O mais importante é que o PSDC decidiu dar esse apoio independentemente do que acontecerá na eleição. Reforça nosso projeto", discorreu.

Sobre as prévias, Canuto afirmou estar preparado caso a executiva estadual entenda pela legitimidade dos argumentos de Lalau. O parecer do tucanato paulista tem de ser efetuado até amanhã, já que a eleição interna do PSDB de Mauá está marcada para domingo. "Estamos preparando as prévias. Apesar de eu não reconhecer o documento que ele (Lalau) diz ter." 

Três nomes se apresentam como pré-candidatos no PDT 

O PDT tem três pré-candidatos a prefeito de Mauá. O vereador Cincinato Freire, o diretor da Santa Casa mauaense Odair Marcos Branco e o empresário Edson Agnello se colocaram à disposição da legenda para projeto próprio. A sigla engloba a base do prefeito Oswaldo Dias (PT) e ocupa o comando da Secretaria de Educação, com Margaret Freire, mulher de Cincinato.

A possibilidade de candidatura própria foi evidenciada na semana passada, quando Cincinato até alfinetou a administração, dizendo que sua mulher "não mandava nada na Educação." A assessora especial da Pasta, Lairce Rodrigues, é tida como a titular da secretaria.

"Vemos que as candidaturas colocadas estão próximas de se unir. Podemos ser o segundo projeto da base", revelou Cláudio Donizeti, presidente do PDT. As candidaturas referidas pelo pedetista são de Ozelito José Benedito (PTB), Edimar da Reciclagem (PSDB), Chiquinho do Zaíra (PTdoB) e Paulo Bio (PV), que negociam frente única na eleição.

O nome mais forte para protagonizar a intenção do PDT é de Cincinato, que não descarta tentar renovar seu mandato na Câmara. Sem o parlamentar, Branco e Agnello disputariam a preferência do diretório. Empresário em Mauá, Agnello é bastante ligado a Nilson Bonome (PMDB), também empresário da cidade, ex-homem-forte no governo de Aidan Ravin (PTB) em Santo André e candidato à Prefeitura andreense.