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Taxistas da região ganham com greve de petroleiros
Emerson Coelho
Do Diário do Grande ABC
26/03/2009 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Cooperativa dos Taxistas do Grande ABC está faturando com a greve dos petroleiros na Recap (Refinaria de Capuava), em Mauá. Ontem, por volta das 18h, quando acontece a troca de turnos dos funcionários que estão trabalhando em esquema de contingência, aproximadamente 15 táxis levavam e traziam os trabalhadores de suas casas.

"Os ônibus não estão entrando na refinaria e, desde segunda-feira, temos sido bastante solicitados nos períodos da manhã e da noite para transportar os funcionários", conta o taxista Geraldo Antonio Couto, que estava com seu carro estacionado em frente à Recap por volta das 17h30 à espera do próximo passageiro.

De acordo com o Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros) a refinaria continua operando em regime de contingência com cerca de 40 trabalhadores divididos em dois turnos e duas turmas de 20 funcionários, com entrada e saída às 6h e às 18h.

"Estamos trabalhando bastante. É um pouco cansativo, mas a refinaria está com a produção normal", explica um técnico de operação pleno, que trabalha no setor de transferência e estocagem da Recap, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

De acordo com outros funcionários que estão trabalhando no plano de contingência da estatal, a linha de operação da empresa funciona de maneira ininterrupta. "São diversos equipamentos e máquinas que não podem parar, do contrário afetariam a produção", afirma o técnico de operação, que trabalha há seis anos na empresa e diz que nunca havia visto uma greve na Petrobras durar tanto tempo.

"Esses funcionários estão recebendo a mais por esse turno de 12 horas e estão indo contra o nosso movimento porque são da equipe de contingência", diz o diretor regional do Sindipetro, Carlos Alberto dos Santos.

PAÍS - Uma reunião conciliatória na sede da Petrobras, iniciada às 10h de ontem ainda não havia terminado ao fechamento desta edição. A FUP (Federação Única dos Petroleiros) anunciou adesão geral nas plataformas e refinarias da estatal, que estariam operando graças à convocação de equipes de contingência.

Em Brasília, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli - que participou de audiência pública nas comissões de Minas e Energia e Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados - espera que a paralisação seja suspensa antes do prazo marcado pelos sindicalistas, que termina na sexta-feira.

"Estamos negociando alterações nas propostas apresentadas para tentar achar uma saída e desejamos que a greve acabe antes de sexta-feira", afirma Gabrielli. Ele admite que a adesão ao movimento é "relativamente grande", mas reafirma que não tem impacto significativo na produção. "É uma greve geral, com parcialidade em alguns momentos, mas os volumes afetados são pequenos. Não há impacto para os consumidores", diz.




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