A Seleção Brasileira Masculina de Handebol deixa hoje o País para tentar garantir vaga na Olimpíada de Londres, em julho. A equipe embarca para a Tunísia, na África, onde se concentra até a disputa do pré-olímpico, que acontece entre os dias 6 e 8 de abril, na Suécia.

O time realizou a última etapa de treinos ontem, em Santo André, no Ginásio Noêmia Assumpção. Dos 16 jogadores selecionados, quatro são da Metodista/São Bernardo. A região será representada pelo armador Henrique Teixeira, o pivô Vinícius Teixeira, além dos pontas Fabio Chiuffa e Renato Tupan.

Na Tunísia, a Seleção fará três amistososCO. Os adversários ainda não foram confirmados, mas o grupo provavelmente jogará duas vezes contra a anfitriã, atual campeã africana, além de outro time local.

Já no pré-olímpico, a equipe enfrentará a Suécia, que joga em casa, além de Hungria e Macedônia. O técnico da Seleção, o espanhol Javier Garcia Cuesta, preferiu ser cauteloso ao avaliar os rivais.

"É grupo difícil. A Suécia, por receber as equipes, estará forte. Em princípio, pelo histórico, o Brasil é o mais fraco do grupo", analisou.

Dos quatro times que compõem esta chave do pré-olímpico, apenas dois conseguem vaga em Londres. Além deste classificatório que o Brasil participa, há ainda outros dois. Um acontece na Espanha, e tem a participação da Polônia, Sérvia e Argélia, além da própria seleção esCW14panhola. O outro será na Croácia que, além dessa equipe, conta com a Islândia, Chile e Japão. Destes, os seis melhores seguem para a Olimpíada.

PROBLEMAS?

Para os Jogos, em julho, participam 12 equipes. Além dos seis que saem do pré-olímpico, há também a França, atual campeã do mundo (automaticamente classificada), além da Inglaterra, sede da competição.

Os quatro restantes são formados pelos campeões de quatro continentes. No caso da América, a classificada é a Argentina, que venceu o Pan-Americano de Guadalajara no ano passado.

"Lógico que temos a expectativa de ganhar. Sabemos que não será fácil, mas não vamos facilitar", projetou o ponta-direita Fábio Chiuffa.

A Seleção Brasileira participou dos Jogos de Barcelona (1992), Atlanta (1996), Atenas (2004) e Pequim (2008), e ficou de fora da edição australiana, em Sydney (2000). Os jogadores preferem nem pensar na possibilidade de não ir para a competição.

"Todos querem estar na Olimpíada, mas as equipes da Europa são as mais fortes. Se fizermos nosso papel temos chance de vitória. O pré-olímpico não é só difícil... é muito difícil", avaliou o ponta Renato Tupan.

Brasil conta com desfalques para classificatório de Jogos Olímpicos

A Seleção Brasileira Masculina de Handebol não poderá contar com alguns atletas para a disputa do pré-olímpico, que acontece entre os dias 6 e 8, na Suécia.

Ricky, goleiro da Metodista/São Bernardo, passou por cirurgia na mão esquerda no dia 22, após sofrer fratura. Marcão, arqueiro do Esporte Clube Pinheiros, foi escalado para substituiu o jogador.

No começo do mês, o experiente armador Bruno Souza teve problema no ligamento do joelho direito e nem foi relacionado para as outras etapas de treinos da Seleção.

O técnico do time, o espanhol Javier Garcia Cuesta, avaliou que outros jogadores terão que suprir os desfalques. "Tínhamos interesse que ele (Bruno) participasse, mas temos de preencher esta falta. Já o Marcão esteve no Pan-Americano e tem muita experiência", contou.

Além desses, o pivô Alexandro Pozzer, o Chê, também foi cortado do time após sofrer lesão no ombro esquerdo.

SUSTO

O Brasil quase perdeu outro jogador para a disputa do pré-olímpico. O armador Zeba, do Esporte Clube Pinheiros, fraturou o nariz durante a concentração da Seleção em Maringá, há duas semanas. O jogador treina com uma máscara para proteger a região.

"Preciso passar por cirurgia, mas não quis fazer para participar da competição. A máscara dificulta um pouco a respiração", contou.

O atleta acredita que o uso do aparato pode prejudicar a equipe. "Não vou usar nos jogos, para não mostrar esta fraqueza para o adversário", explicou.