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Aves atingidas por vazamento de óleo sao levadas para reserva
Do Diário do Grande ABC
03/02/2000 | 16:52
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Os biguás atingidos pelo óleo que vazou na Baía de Guanabara, RJ, no dia 18, encontraram um novo habitat natural. A Reserva de Guaratiba, da zona oeste do Rio, que, de acordo com biólogos, possui o ecossistema ideal para a recuperaçao das aves, já está abrigando 24 animais, vindos majoritariamente da Praia do Limao, no Grande Rio, uma das mais atingidas.

Nos manguezais da reserva, que nao foram afetados pelo vazamento, as aves terao praticamente 100% chance de sobrevivência, segundo veterinários.

Nesta quinta-feira, dez biguás da Praia do Limao foram soltos na reserva, depois de serem tratados - foram diversas lavagens, desintoxicaçao, hidrataçao e eliminaçao do stress - em uma espécie de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) montada na praia para tratar as aves.

Os bichos receberam anilhas para que possam ser acompanhados por veterinários do Centro de Monitoramento de Aves (Cemav).

Embora debilitadas , os biólogos estimam que todas as aves soltas na reserva estejam recuperadas em uma semana. "Esses animais chegaram às praias muitos dias depois do vazamento, por isso têm enormes chances de sobrevida, já que tiveram contato com uma água menos poluída", disse André Ilha, presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF) - órgao que encaminhou os biguás para a reserva.

Paraíso - Só na Praia do Limao haviam sido atendidos até terça-feira , 284 animais, dos quais 157 sobreviveram. Quando estiverem recuperadas as outras aves serao libertadas na reserva, em uma área do Exército com 2.800 hectares de mangue. "Aqui há rios, lagos e ambientes que misturam águas doce e salgada, e altos índices de piscosidade, ou seja, um paraíso para as aves", disse Felipe Queiroz, administrador da reserva.

Na praia de Barra de Guaratiba, de onde foram tirados 10 biguás que estao na reserva há uma semana, ainda há 50 animais em tratamento. Dos 114 encontrados inicialmente, 46 nao resistiram à poluiçao.

Atualmente, para André Ilha, as perspectivas sao boas. "Aos poucos o óleo vai se dissipando e os animais vao sentindo seus efeitos com menor intensidade", disse.




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