Economia Titulo Alta
Comércio eletrônico cresce 5,2% na região

Apesar de resultado positivo nos últimos 12
meses, faturamento do setor no 1° trimestre cai

Gabriel Russini
Especial para o Diário
11/07/2017 | 08:44
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Denis Maciel/DGABC


O faturamento real do comércio on-line do Grande ABC registrou R$ 1,023 bilhão em transações nos últimos 12 meses encerrados em março. Dado que representa uma alta de 5,2% contra os 12 meses imediatamente anteriores (abril de 2015 a março de 2016), configurando o segundo melhor resultado do Estado, atrás apenas da Capital, que cresceu 11,4% no período.

Os dados são da pesquisa realizada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), em parceria com a Ebit, empresa que classifica o nível do serviço prestado pelos sites de e-commerce, ao qual o Diário teve exclusividade.

Para a assessora econômica da entidade Júlia Ximenes, o fundo do poço já passou. “Apesar da base de comparação ser fraca (abril de 2015 a março de 2016), o cenário atual, com inflação e juros mais baixos, faz com que as pessoas voltem a comprar aos poucos.”

Atualmente, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da inflação no País, nos últimos 12 meses, está em 3% ao ano, abaixo da meta estipulada pelo BC (Banco Central), de 4,5%. Já os juros caíram pela sexta vez seguida em junho, indo de 11,25% para 10,25% ao ano. “Os estabelecimentos também estão baixando os seus preços em razão do cenário atual”, complementou Júlia.

Em contrapartida ao desempenho dos últimos 12 meses, o primeiro trimestre deste ano, que registrou R$ 267,5 milhões em caixa, deixou a desejar ao registrar faturamento 1,8% menor em comparação com a mesma época de 2016.

Na avaliação da economista, a renda restrita no início de ano comprometeu a disponibilidade do consumidor. “Fatores como os impostos no começo do ano (IPVA e IPTU), matrícula e material escolar acabam deixando as compras na internet em segundo plano.” O valor do tíquete médio também caiu, passando de R$ 432,37 no 1º trimestre de 2016 para R$ 385,68 para os primeiros três meses deste ano, uma queda de 10,8%. “O valor caiu porque o número de pedidos aumentou”, comentou Júlia. Entre janeiro e março, a região contabilizou 693 mil pedidos pela rede.

Ao todo, o comércio paulista registrou faturamento real de R$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre de 2017, alta de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
 
 




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