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Sem o Anacleto, Azulão vira nômade
Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
12/01/2008 | 07:05
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O futuro do São Caetano segue indefinido. A única certeza é que será longe do Anacleto Campanella, estádio que o clube adotou como casa.

Em reforma desde o ano passado, ainda não há previsão para o estádio ser liberado para eventos esportivos. Assim, o Azulão se transformou em um time nômade.

Neste sábado, por exemplo, a FPF (Federação Paulista de Futebol) divulgou um comunicado anunciando que o Anacleto Campanella está interditado por tempo indeterminado "por falta da apresentação dos laudos necessários que o credencie a receber jogos de futebol". A assessoria de imprensa da Prefeitura, proprietária do estádio, anunciou que as obras devem ser concluídas apenas em julho.

O presidente do Azulão, Nairo Ferreira de Souza, no entanto, garante que a Prefeitura prometeu liberar o estádio bem antes. "Nossos três primeiros jogos como mandante no Paulista serão fora. No dia 20, enfrentaremos o Corinthians em Mogi Mirim. Depois, no dia 30, pegamos o Noroeste em Barueri e, por fim, no dia 2 de fevereiro, vamos enfrentar o Juventus na Vila Belmiro. Depois, as obras no Anacleto já estarão parcialmente concluídas e poderemos voltar a jogar lá", disse.

Em novembro do ano passado, o vereador Jorge Salgado (PTB) chegou a pedir a interdição do estádio e cobrou que a Prefeitura executasse as obras imediatamente para deixar o estádio pronto para o Paulistão. "A Câmara dos Vereadores tomou o primeiro passo. Antes, só eram feitas intervenções paliativas que não eram suficientes para a atual demanda do estádio", disse.

Depois do fim da Série B do Campeonato Brasileiro, a Prefeitura fechou o estádio para trocar a laje das cadeiras cobertas e substituir as estruturas de madeira das arquibancadas descobertas por concreto.

Investigação - O Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para Repressão ao Crime Organizado) investiga um suposto esquema de corrupção na Gestão Tortorello envolvendo o estádio. O empresário Antônio José Cressoni diz ter recebido por obras que não executou e ter feito serviços sem ser remunerado por meio de favorecimento nos processos de licitação.



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