Donas de quase todos os torneios disputados nos últimos dez anos, incluindo os Jogos Olímipicos de Barcelona-92 e Atlanta-96, as moças lideradas por Mireya Luis - uma das maiores jogadoras da história do voleibol mundial -, Regla Bell e Regla Torres chegam ao encontro australiano tentando fechar uma década cheia de sucessos.

Precisamente para a veterana Mireya Luis, 33 anos, os Jogos de Sydney representam a oportunidade para um fechamento de ouro em sua rutilante carreira, embora ela já tenha dito que nao pretende aposentar-se em breve.

Além dos ouros de Atlanta e Barcelona, a 'locomotiva cubana' se impôs, entre outros torneios, nos mundiais de 1994 e 1998 e na Copa do Mundo de 1999.

Também ganhou de forma invicta o Gran Prix Mundial, que terminou no dia 29 de agosto passado em Manila, arrasando suas adversárias e perdendo apenas seis sets em onze jogos.

Na capital filipina, se destacaram, entre outras, Regla Torres e Ana Fernández Valle, que com 25 e 27 anos, respectivamente, assim como Mireya Luis sao veteranas de Barcelona-92 e Atlanta-96, e vêm para a Austrália em busca de sua terceira medalha dourada.

As cubanas terminaram seguidas pela Rússia (segunda), Brasil (terceiro) e China (quarta), suas principais adversárias nos Jogos de Sydney.

Encaixada no grupo B, a seleçao de Cuba enfrentará na fase inicial o Peru, Alemanha, Itália, Coréia do Sul e Rússia, estreando contra as germânicas no próximo sábado no Pavilhao 4 do Domo, situado no Parque Olímpico deSydney, na partida de abertura do voleibol dos Jogos.

O grupo A, por sua vez, é formado por Brasil, Croácia, Austrália, China, Estados Unidos e Quênia.

Este grupo aparece como o mais difícil, pois há quatro equipes rigorosamente no páreo: Brasil, ganhador do bronze em Atlanta-96 e a esperança sul-americana em Sydney; China, prata nos Jogos do Centenário, Estados Unidos e a seleçao local, que nao vai querer deixar passar a chance que é jogar em casa para conseguir um lugar no pódio.

As quatro primeiras seleçoes de cada grupo passarao para as quartas-de-final e se os resultados registrados na fase inicial seguirem a lógica, Cuba deve enfrentar na passagem para as semifinais Austrália ou Estados Unidos, dois adversários evidentemente inferiores, que nao sao considerados obstáculos para que as antilhanas sigam seu caminho em direçao ao ouro.

A partir das semifinais, fazer uma previsao parece uma decisao arriscada, porque embora Cuba seja a grande favorita, China, Rússia e inclusive o Brasil podem dar-lhe uma dor de cabeça, 'roubando-lhe' o ouro.