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Brasil pode ser líder em petroquímicos
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
01/06/2009 | 07:03
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O setor petroquímico brasileiro - que concentra no Grande ABC um de seus principais pólos produtivos - ganhou condições de se tornar um dos líderes mundiais do segmento, ampliando a participação no mercado internacional.

É o que aponta estudo do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) intitulado ‘Desafios da Petroquímica Brasileira no Cenário Global'. A economista Valéria Bastos, do BNDES, que elaborou a análise, aponta que obstáculos para o aumento da competitividade global estão sendo removidos.

Dessa forma, embora o País já seja líder na produção de produtos petroquímicos na América Latina, poderá dar um salto no ranking global, em que ocupa hoje a 12ª colocação, com 2,7% da fabricação mundial de eteno (o principal item básico, com o qual são feitas resinas plásticas).

Segundo o estudo, um dos entraves era o porte pequeno e a falta de integração das empresas dos diversos elos do segmento - problema superado, por exemplo, com a recente formação do grupo Quattor, em parceria da Unipar com a Petrobras, que reuniu em uma mesma estrutura empresarial as operações das antigas companhias Petroquímica União, Polietienos União e Suzano Petroquímica, com fábricas em Mauá e Santo André.

Outra dificuldade era a oferta insuficiente de matéria-prima, que também parece equacionada por conta de novos investimentos da própria Petrobras em refino - de US$ 43 bilhões - e, principalmente, pela exploração do petróleo da camada do pré-sal.

Embora o Brasil seja auto-suficiente em petróleo, ainda depende da importação da nafta (matéria-prima petroquímica) - produz só 70% do que consome. Isso fez com que expansões recentes no setor usassem alternativas, como o gás de refinaria, usado pela Petroquímica União. A descoberta do pré-sal, na Bacia de Santos, abriu perspectivas promissoras, por conta da estimativas de reservas de 5 bilhões a 8 bilhões de barris tanto no campo de Tupi quanto de Júpiter.

OPORTUNIDADE - Segunda maior petroquímica do País, a Quattor já busca aproveitar oportunidades de mercado e a economia gerada com a integração para se lançar com mais intensidade ao Exterior. João Luiz Zuñeda, diretor da consultoria Maxiquim, citou que esse foco pode ser observado com a decisão do grupo de passar a trabalhar com seu próprio nome na Argentina, onde antes atuava por meio de trading.




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