A Câmara de Mauá aprovou ontem, em primeira discussão, projeto de lei que estipula em R$ 2.600 o salário dos conselheiros tutelares.

Atualmente, um conselheiro ganha R$ 1.200. A solicitação por aumento salarial é antiga. A negociação entre a classe e o governo municipal ocorre desde o ano passado, na gestão anterior dos profissionais.

"Somente agora, com disponibilidade financeira, é que conseguimos mandar o projeto. Mas o governo reconheceu que o salário, de fato, até comparado com a região, era um dos mais baixos", afirmou o vereador Rômulo Fernandes, que também é líder do governo no Legislativo.

O vereador Manoel Lopes (DEM) criticou a postura da administração em reajustar salários após a eleição. O democrata defendeu que o aumento deveria ter sido concedido antes do pleito, que ocorreu no mês passado. "Se estivesse feito antes, será que o número de candidatos seria o mesmo?", questionou.

O Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, responsável por organizar o processo eleitoral, computou 26 candidaturas - o número não foi suficiente para suprir as vagas de suplente.Ao todo são 15 conselheiros eleitos e 15 reservas.

Rômulo declarou que o trabalho no Conselho Tutelar é diferenciado e por isso a questão salarial não é dependente da quantidade de candidatos. "A pessoa que se candidata a ser conselheira é porque acredita na causa. Não está se candidatando por questão financeira. É um equívoco achar que as pessoas se candidatam por valores. Quem se inscreve é por vocação e responsabilidade", analisou o líder do prefeito.

O comandante da bancada do PT no Legislativo, Marcelo Oliveira, atribui as dificuldades cotidianas encontradas pelos conselheiros à pouca adesão no pleito. "É um trabalho árduo, independentemente do salário. Trabalha com crianças, entra em locais perigosos e lida com problemas familiares", considerou Oliveira.

TROCA

A Câmara também aprovou projeto de lei que autoriza troca de área para interligação do bairro Nova Mauá à alça da Avenida Jacu-Pêssego. A rua estava numa propriedade particular, mas a dona aceitou doar o terreno em troca de outro lote ao lado do local, que pertencia à municipalidade.