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Caixa Econômica rebate denúncias de corrupção
Do Diário OnLine
30/03/2004 | 11:57
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A Caixa Econômica Federal divulgou nota nesta terça-feira rebatendo as acusações de irregularidades na renovação do contrato de R$ 650 milhões com a multinacional norte-americana Gtech, fornecedora de equipamentos para loterias no Brasil. Na segunda, o MPF (Ministério Público Federal) denunciou à Justiça Federal o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, o vice-presidente de Logística do banco estatal, Paulo Bretas, e outras sete pessoas por gestão fraudulenta, concussão e corrupção passiva.

Os diretores da Caixa se reuniram na noite de segunda para avaliar o caso. Eles divulgaram nota negando que o contrato com a Gtech tenha causado prejuízo aos cofres públicos e se dizendo surpreendidos com os “procedimentos inaceitáveis” adotados pelo procurador do MPF Marcelo Serra Azul, responsável pela denúncia.

A Caixa informou que apresentou representação à Procuradoria Geral da República contra Marcelo Serra Azul. Segundo o banco, ele teria apreendido “documentos na sede da empresa, sem mandado judicial” em outra situação. “Agora, novamente este mesmo procurador, antes da conclusão do inquérito policial que apura os fatos, apresenta denúncia à Justiça Federal de forma estranha e precipitada”.

A nota ressalta que “a Caixa não tem nada a esconder e tem contribuído com os elementos necessários à elucidação dos fatos, seja ao Ministério Público, à Polícia Federal, ao Tribunal de Contas da União e ao Poder Legislativo”. Por fim, o texto afirma que pela primeira vez em muitos anos a renovação com a Gtech “deu-se nas melhores condições possíveis à Caixa Econômica Federal e ao interesse público”.

Acusados- Waldomiro Diniz, ex-assessor parlamentar do Palácio do Planalto, e Rogério Buratti, que foi secretário de governo da prefeitura de Ribeirão Preto durante o governo de Antonio Palocci, também foram denunciados pelo procurador Marcelo Serra Azul por gestão fraudulenta e corrupção.

Por meio da assessoria de imprensa, Rogério Buratti disse que é inocente e que vai se defender das acusações na Justiça. Waldomiro Diniz não foi encontrado. Marcelo Rovai, diretor da Gtech, Antônio Carlos Lino Rocha, ex-presidente da empresa e Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, dono de casas de jogos também são denunciados, mas o Ministério Público pediu que ficassem de fora da ação porque estão colaborando com as investigações.




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