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PT vai apoiar quem fizer a melhor ‘oferta’ em Mauá
Do Diário do Grande ABC
21/11/2006 | 23:40
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Considerados decisivos na eleição à presidência da Câmara de Mauá, no próximo dia 12, os três vereadores petistas estão dispostos a negociar o apoio em troca de cargos.

O vereador Paulo Eugênio Pereira Júnior (PT), 3º secretário da Mesa Diretora, acredita que o partido tem de cacifar o voto para garantir visibilidade. “O PT quer ter espaço político. Aceitamos negociar cargos na Mesa, nas comissões e estamos dispostos a conversar.”

Rogério Moreira Santana (PT), que assumiu a presidência da Comissão de Finanças após a ida de Silvar Silva Silveira (PMDB) para a Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, vai além: “No mínimo, queremos manter o comando da Comissão de Finanças e um bom cargo na Mesa.”

O apoio dos parlamentares do PT pode ser o fiel da balança em um eventual segundo turno se os sete vereadores governistas insistirem em indicar um nome para concorrer com o ex-oposicionista – e agora governista – Alberto Betão Pereira Justino (PSB), até então considerado favorito e preferido do atual secretário de Governo, Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB). Dessa forma, tanto Betão quanto o nome escolhido pelo grupo teriam sete votos cada, o que forçaria o segundo turno.

Os mais candidatos dos governistas é Edgar Grecco Filho (PSDB), que na terça-feira confirmou que está mesmo no páreo. Mas o tucano enfrenta um adversário dentro do próprio grupo: Manoel Lopes (PFL), que também diz não abrir mão da disputa. “Tenho o direito de concorrer ao cargo. Essa discussão ainda precisa ser finalizada e o nome decidido em conjunto.”

O pefelista, porém, não aceita fazer parte de uma composição. “Se não for para ser presidente, não quero fazer parte da Mesa.”

O líder do governo, Cincinato Freire (PSDC), acredita em um nome de consenso. “O Chiquinho veio para o governo justamente para unir os dois grupos. Se começarmos a brigar novamente, voltaremos a estaca zero.”

A decisão do grupo governista – sobre o escolhido para disputar a presidência ou até mesmo se aceita apoiar Betão – será tomada nesta quarta-feira à tarde.

Depois de comandar a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) por apenas 21 dias, Betão – que pertence ao grupo de Chiquinho – retornou na terça-feira à Câmara em ritmo de campanha.

Ele acredita que, além dos sete votos, já teria assegurado o apoio dos petistas. “Já há um acordo que, se eles não tiverem chance de garantir a presidência, estarão comigo na eleição.”

Mas Paulo Eugênio adotou um outro discurso. “O compromisso era de que votaríamos em um vereador da oposição. Como agora o Betão é do governo, esse acordo deixa de existir”, justifica.

Paulo Bio (PMDB), que assumiu a vaga deixada por Silvar na Câmara, garante que apoiará o socialista. “Temos de respeitar os acordos que haviam sido feitos. O Betão tem todas as condições de comandar a Casa.”

Apesar de ser do bloco de situação, o vice-presidente da Câmara, Carlos Alberto Polisel (PSDB), também assumiu seu voto em Betão. “O meu compromisso está mantido. Não há porque mudar agora.”

Presente na sessão de terça-feira, Chiquinho do Zaíra garantiu que até o dia da votação trabalhará para haver um consenso entre os dois grupos, hoje do mesmo lado. “Até o dia 12 haverá um grupo só em torno do mesmo nome”, assegura.




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